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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Filhos de Deus

Quem são os

filhos de Deus?

“Se alguém está em Cristo... Nova Criatura é...
As coisas velhas já passaram... Tudo se fez novo...
2 Coríntios 5:17

ü  QUEM SÃO OS FILHOS DE DEUS?

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; João 1:12
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Romanos 8:14
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; Mateus 5:9

Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus. Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:26-28

E, porque sois filhos, Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai. Gálatas 4:6

E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo; Aí serão chamados filhos do Deus vivo. Romanos 9:26

ü  QUEM NÃO É FILHO DE DEUS?

Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. João 8:44
Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus. 1 João 3:10
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Efésios 5:6
O QUE É NECESSÁRIO PARA ALGUÉM SER FILHO DE DEUS?

ü  1º PASSO – CRER

Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna. Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la. João 4:13-15
E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede. João 6:35
Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. João 7:38-40
ü  2º PASSO – CONFESSAR

Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. 1 João 4:15
Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mateus 10:32
E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Lucas 12:8
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:16
A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Romanos 10:9
O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca. Lucas 6:4
Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.  João 12:42-43
Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem. Tiago 2:19-20
ü  3º PASSO – OBEDECER/PERMANECER

"Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. João 14:15
Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:31-32
Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele". João 14:21

ü  QUEM RECEBE A CRISTO, RECEBE A LIBERTAÇÃO DO PECADO

Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:34-36

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. João 8:36

ü  PORQUE EU DEVO RECEBER A JESUS CRISTO COMO SENHOR E SALVADOR?

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. João 14:6

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. Atos 4:12

Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo.  1 Timóteo 2:3-6

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7:25

Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. João 6:68

O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. João 6:63

Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. João 8:12

ü  CRISTO DESEJA ENTRAR EM NOSSO CORAÇÃO

Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. Apocalipse 3:20

ü  DEUS NÃO HABITA EM TEMPLOS DE PEDRA - O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Atos 17:24-25

ü  DEUS HABITA EM NÓS -E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. 2 Coríntios 6:1
Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2.20
Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? 1 Coríntios 3:16
O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. João 14:17
Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? Tiago 4:5
E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita. Romanos 8:11
Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Romanos 8:9
ü  DEUS DESEJA HABITAR EM VOCÊ –  Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Gálatas 2:20
Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. 1 Coríntios 2:16
Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Filipenses 4:8

ü  JESUS CRISTO É SENHOR E SALVADOR - Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade. Amém. 2 Pedro 3:18

E esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele trevas nenhumas. Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. 1 João 1:5-6

Enquanto tendes luz, crede na luz, para que sejais filhos da luz. Estas coisas disse Jesus e, retirando-se, escondeu-se deles. João 12:36

Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz Efésios 5:8

Assim como todo filho, você precisa crescer! Não se preocupe, o Pai cuidará de você!

Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós; Gálatas 4:19

Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo; Filipenses 1:6

De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Romanos 6:4

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5:17

Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus; Colossenses 1:10

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo; 1 Pedro 2:2

E o menino crescia, e se robustecia em espírito. E esteve nos desertos até ao dia em que havia de mostrar-se a Israel. Lucas 1:80

“...pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus.” 1 Coríntios 1:24b


“...Cri, por isso falei...”
2 Coríntios 4.13



ARTIGO: Quem são os filhos de Deus?
Escrito Por: Pr. Felipe Miranda
Data: 28/09/2012
EBB – Escola Bíblica Betânia

sábado, 22 de setembro de 2012

TRINDADE


ESTUDO SOBRE A TRINDADE DIVINA

O Gnosticismo, Nestorianismo, o Sabelianismo, o Eutiquianismo ou Monofisismo, o Apolinarianismo, o Monotelismo e outras heresias nascidas no início da igreja como o Arianismo foram duramente combatidas e refutadas pelos Pais da igreja. O que tinham elas em comum era o ataque à pessoa de Cristo, seja para excluir dele a divindade ou para excluir dele a humanidade. Fazendo assim, tentavam enfraquecer a imagem de Cristo como sendo Deus-Homem. Abaixo segue apenas a conclusão de dois dos vários concílios que discutiram sobre Cristologia:
A doutrina da Trindade foi definida no Concílio de Nicéia (325 d.C.), quando a Igreja se opôs à idéia Ariana de que Jesus era a primeira e a mais nobre criatura de Deus; a igreja afirmou que Jesus era da mesma “substância” ou “essência” do PaiA distinção entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, de modo que o Filho é Deus da mesma maneira que o Pai o é. Ao dizer que o Filho e o Pai são de “uma única e mesma substância” e que o Filho “é gerado, não feito” (ecoando o “unigênito em João 1.14, 18 e João 3.16,18), o Credo Niceno reconhece, inequivocadamente, a divindade de Jesus Cristo.(BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA – EDIÇÃO 1999, pág. 1229)

A confissão que a Igreja faz da doutrina da Encarnação foi expressa no Concílio de Calcedônia (em 451 d.C), onde a Igreja se opôs à ideia Nestoriana de que Jesus era duas “pessoas” e não uma, e à ideia Eutiquiana de que a divindade de Jesus havia absorvido sua humanidade. Rejeitando ambas as idéias, o Concílio de Calcedônia afirmou que Jesus é uma só pessoa com duas naturezas (isto é, com dois conjuntos de capacidades para a experiência, expressão e ação). As duas naturezas estão unidas nele, sem mistura e sem confusão, sem separação ou divisão, e cada natureza retém seus próprios atributos. Em outras palavras, tudo o que está em nós, como tudo o que está em Deus, está e sempre estará verdadeira e distintivamente presente no único Cristo. Desse modo, o Credo de Calcedônia afirma vigorosamente a plena humanidade de Cristo. (BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA – EDIÇÃO 1999, pág. 1229)

·         HOMOOUSIOS [Do gr. Homo, mesmo + ousia, substância] Este termo começou a ganhar importância a partir do Concílio de Nicéia, realizado em 325 d.C. Em meio aos debates cristológicos, serviu para mostrar que o Filho tem a mesma substância do Pai, o mesmo acontecendo com o Espírito Santo em relação às duas primeiras pessoas da Santíssima Trindade(Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

TRIUNIDADE

“João 10:30; João 10.31-36; 1 João 5:6-13; Mateus 3.16-17; João 17:3; João 17:21- 22; João 14:28; João 5:19; 1 Coríntios 11:3; João 20:17; 1 Pedro 1:3; Atos 3:15; Romanos 5:8; Hebreus 1:4-5; João 5.23; 1 João 5:7; João 14:26; Judas 1:20-21; Atos dos Apóstolos 7:55-56; Atos dos Apóstolos 8:29; 13:2; João 12:28-30; João 5:23; Mateus 28:18-20; 1 Coríntios 13:13.”

João 10:30 "Eu e o Pai somos um"

"Eu, (Jesus, Filho de Deus, 1ª pessoa singular, o que fala) e o Pai, (Jeová, o Criador, a outra pessoa a quem Jesus menciona), somos (1ª pessoa no plural) um (unanimidade com referência às duas pessoas).
É o contexto (como os versos 37 e 38) que determinam que tipo de unidade expressa esta frase. Observe que no mesmo livro de João no cap. 17 Jesus, em oração a seu Pai celestial, é específico com relação aos seus discípulos...
“20 - E rogo não somente por estes, mas também por aqueles que PELA SUA PALAVRA hão de crer em mim; 21 - para que TODOS sejam um; ASSIM como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que TAMBÉM ELES sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 - E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que SEJAM UM, COMO NÓS SOMOS UM; 23 - eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos EM UNIDADE, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que OS AMASTE a eles, assim como me AMASTE A MIM.”
Dessa forma, há claramente uma distinção entre ambas as pessoas mas que são unidas pela mesma atitude de amor, em especial, à palavra do Pai de Jesus.
Com que espírito se pode entender de forma clara as palavra de Jesus aqui?
João 8 Verso “16 – E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não ou eu só, mas eu e o Pai que ME ENVIOU. 17 - Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de DOIS homens é verdadeiro. 18 - Sou EU que dou TESTEMUNHO de mim mesmo, e O PAI que me enviou, TAMBÉM dá testemunho de mim.(...) 25 - Perguntavam-lhe então: Quem és tu? Respondeu-lhes Jesus: Exatamente o que venho dizendo que sou. 26 - Muitas coisas tenho que dizer e julgar acerca de vós; mas aquele que me enviou É VERDADEIRO; e o que DELE OUVI, isso falo ao mundo. 27 - Eles não perceberam que lhes falava DO PAI.”
Estaria Jesus a falar SOMENTE de si mesmo?!?!?
Compare com 1 João 5:9,10 - "Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou - Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê, mentiroso o fez; porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu."

A TRINDADE DIVINA

Esta doutrina constitui um mistério para a mente humana. Ela causa a seguinte pergunta: Como posso aceitar três em um e um em três? A razão nos mostra a unidade de Deus, só a revelação nos mostra a sua Trindade.
Não temos a pretensão de dar a última palavra sobre este assunto, mas abordaremos com reverência, da maneira como a Bíblia nos ensina.
Vamos, portanto, na discussão da doutrina da Trindade, designar por termos a ideia da tríplice revelação de Deus (Trindade) e a do seu modo triúno de existir (Triunidade).

I.             DEFINIÇÃO DOS TERMOS TRINDADE E TRIUNIDADE

Trindade significa a tríplice revelação de Deus ou a sua manifestação no Pai, no Filho e no Espírito Santo; e o termo Triunidade o tríplice modo da existência de Deus, que é a existência de três em um.
                Temos a doutrina da Trindade pelo fato de Deus se haver revelado como Pai, como Filho e como Espírito Santo. Há uma tríplice revelação porque há um modo tríplice de existir. Ainda mais, a teologia afirma que a Triunidade foi conhecida por causa da Trindade.
                Há em Deus três personalidades distintas e divinas, sendo cada uma igual à outra quanto à natureza. No entanto, não há três deusesDeus é um só.

II.            A DOUTRINA DA TRINDADE NA REVELAÇÃO

1.            A Trindade do Antigo Testamento – não encontramos claramente definidas as distinções do Pai, do Filho e do Espírito Santo, pois esta é uma doutrina característica do Novo Testamento. No entanto, há texto que sugerem a sua existência: Gênesis 1.1,2; 6.3; 11.7; Isaías 6.8; 9.6; Miquéias 5.2; Jó 33.4; Salmos 51.11; Isaías 61.1; 63.10. Existem ainda outros textos. Concluímos que ainda que estes textos citados não nos tragam luz suficiente sobre a doutrina da Trindade, neles encontramos pelo menos, a origem; é no Novo Testamento que a encontramos plenamente desenvolvida e revelada. Foi exatamente por isso que Cristo Jesus veio ao mundo (1 Timóteo 3.16, 1 Timóteo 3.16, Lucas 10.22, Efésios 3.3-9, Colossenses 1.26-27, 1 Pedro 1.13, Efésios 5.32, 1 Coríntios 2.7, Romanos 16.25)

2.            A Trindade no Novo Testamento – é só aqui que a origem da doutrina chega a seu completo desenvolvimento. Segundo o Novo Testamento, há três Pessoas reconhecidas como Deus:
a) O Pai é reconhecido como Deus (João 6.27; 8.41; 2 Coríntios 1.2; Efésios 4.6; 1 Pedro 1.2; etc.).
b) O Filho (Jesus Cristo) é reconhecido como Deus (João 1.1; 1.18; 20.28; Tito 2.13; Hebreus 1.1; 1 João 5.20; etc.)
c) O Espírito Santo é reconhecido como Deus (Atos 5.3,4; 1 Coríntios 3.16; 6.19; 12.4-6; etc.)

3.            As três pessoas são distintas – cada pessoa é uma, tem características próprias:
a) O Pai e o Filho são pessoas distintas (João 5.32,37; 1.14; 3.16; Gálatas 4.4; etc.)
b) O Pai e o Filho distinguem-se do Espírito Santo (João 14.16,17; 15.26; 14.26; Gálatas 4.6)
c) O Espírito distingue-se do Pai e do Filho (Mateus 3.16,17; e textos acima; etc.)

4.            As Distinções Pessoais são Eternas – Deus tem sempre existido em três Pessoas distintas. A Bíblia não afirma que a Trindade consta de três manifestações, isto é, manifestações em épocas diferentes, da mesma Pessoa, porque a Trindade não é devida à sua manifestação tríplice, e sim, ao tríplice modo de existência. As três manifestações (no Pai, no Filho e no Espírito Santo) baseiam-se no modo da existência de Deus. Por isso as distinções são eternas.

III.          A TRIUNIDADE DE DEUS NA REVELAÇÃO

Entende-se por Triunidade o modo de Deus existir em três Pessoas. A trindade refere-se à revelação de Deus, ao passo que a Triunidade refere-se à existência de Deus. Mas, não temos a Triunidade de Deus tão claramente revelada na Bíblia como temos a Trindade. Podemos encontrar na Bíblia o suficiente para justificar-nos em dizer alguma coisa sobre a Triunidade na revelação. A Bíblia não é um livro de filosofia, e sim, um livro religioso e prático.

1.            A Triunidade no Antigo Testamento – da mesma forma que a Trindade não se encontra completamente definida no Antigo Testamento, para a Triunidade não se encontra ensinos claros. Contudo algumas passagens nos fornecem algumas sugestões. (Gênesis 1.26; 11.7; Isaías 6.8; etc.). A idéia principal do Antigo Testamento é a unidade de Deus.

2.            A Triunidade de Deus no Novo Testamento – aqui os ensinos são mais claros. Podemos agrupar as passagens que se referem a este assunto em três classes:
a) As que ensinam que Jesus e o Pai são um (João 17.21-23)
b) As que apresentam a bênção apostólica (2 Coríntios 13.13)
c) A fórmula do batismo (Mateus 28.19)
                Quando reunimos o que temos no Antigo Testamento ao que achamos no Novo Testamento sobre a Triunidade, essa doutrina fica claramente estabelecida. Sem dúvida não tão clara como a da Trindade. Mas, das considerações sobre o assunto, conclui-se que as Escrituras ensinam a Triunidade de Deus, isto é, que Deus é três em um.

IV.          A DOUTRINA NA TRINDADE TEM IMPORTANTES RELAÇÕES COM OUTRAS DOUTRINAS

1.            É essencial a qualquer apropriada revelação – se não houver Trindade, Cristo não é Deus e não pode conhecer ou revelar perfeitamente Deus. O cristianismo não mais é a revelação una, total e final, porém só um dos muitos sistemas conflitantes e competitivos, dos quais cada um tem sua parcela de verdade, mas também sua parcela de erro. Assim também com o Espírito Santo. “Como Deus só pode ser revelado através de Deus assim também pode-se apropriar dele só através de Deus. Se o Espírito Santo não for Deus, então o amor e a auto-comunicação de Deus à alma humana não são uma realidade”. Em outras palavras, sem a doutrina da Trindade retornaremos à mera religião natural e ao deísmo do Deus distante.

2.            É essencial a qualquer redenção apropriada – se Deus for absoluta e simplesmente um, não pode haver nenhuma mediação ou expiação porque o abismo entre Deus e a mais exaltada criatura é infinito. Cristo não pode aproximar-nos de Deus mais do que ele mesmo. Só alguém que é Deus pode reconciliar-nos com Deus. Assim, também, só alguém que é Deus pode purificar nossas almas. Um Deus que é só unidade, mas em quem não há pluralidade, pode ser nosso juiz, mas, até onde podemos ver, não pode ser nosso salvador ou santificador.

CONCLUSÃO: Tendo estudado a doutrina da Trindade e da Triunidade na Bíblia, podemos compreender que Deus revelou-se “no” Pai, “no” Filho e “no” Espírito Santo; e não “como”. Estas três pessoas são igualmente divinas, porém, inteiramente distintas. Mas existem de forma triúna. A doutrina da Trindade é essencial a uma verdadeira compreensão de Deus. Sem a doutrina da Trindade não poderíamos ter a doutrina do monoteísmo.
                Concluímos, pois, que Deus é uma unidade tríplice: um em três e três em um. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são Deus e é Deus.
Quando chegarmos ao céu, esses mistérios serão totalmente desvendados (1 Coríntios 13.12).

GLÓRIA A DEUS!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAIS, Felipe M. O. – Estudos Pessoais; 2012 - [Pr. Felipe Miranda]
PEARLMAN, M. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Miami: Editora Vida, 1978.
LANGSTON, A B. Esboço de Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: JUERP, 1980.
THIESSEN, Henry Clarence. Palestras em Teologia Sistemática. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1987.
(Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – Editora CPAD, 9ª edição 2000, revista e ampliada)
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL – Editora CPAD – EDIÇÃO 1995
BÍBLIA DE ESTUDO DE GENEBRA – Edição 1999, pág. 1229
(PINK, Arthur W. – Deus É Soberano, Editora Fiel, pág. 23,26 - publicação original - 1928)
REKSIDLER Ricardo - http://www.otheologo.blogspot.com/2009/02/ichthus-o-peixinho-dos-cristaos.html
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Campinas: LPC, 1995.
BERKHOF, L. Summary of Christian DoctrineWm. B. Eerdmans Publishing Company, 1939.
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001.
ALMEIDA, João Ferreira de (tradutor). Bíblia Sagrada: ARA, ARC
TAETS, Deodor - A Razão da Nossa Esperança – JUERP, 1999
STRONG, A. H. - Teologia Sistemática – Editora Hagnos, 2003

COMPREENDENDO ALGUMAS EXPRESSÕES


COMPREENDENDO ALGUMAS EXPRESSÕES

Algumas palavras são constantemente aplicadas à Obra Redentora de Cristo. Porém, muitas vezes não as compreendemos perfeitamente. Por exemplo: Redenção, Reconciliação, Justificação, Expiação, Propiciação, Resgate, Remissão, Transfiguração, Imputação, Oblação, Paixão, Ressurreição, Misericórdia, Graça, etc.
Sendo assim, vamos estudá-las para que possamos fazer uma interpretação corretas das Escrituras Sagradas.

IMPUTAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO
IMPUTAÇÃO [Do lat. imputare; do gr. logizomai; e do hb. hasad] A ideia, nas três línguas clássicas, é uma só: creditar na conta de alguém. Trata-se de uma declaração formal de que determinada ação foi, de fato praticada pelo indivíduo citado em juízo.
No que concerne a justificação pela fé, Deus, ao invés de considerar culpado o pecador arrependido, declara-o justo com base nos méritos de Cristo Jesus (Romanos 4.7 / 2 Coríntios 5.19). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

JUSTIFICAÇÃO [do heb. tsadik; do gr. dikaios; do lat. justificationem] Ato de declarar justo. Processo judicial que se dá junto ao Tribunal de Deus, através do qual o pecador que aceita a Cristo é declarado justo (Romanos 5.1). Ou seja: para ser visto por Deus como se jamais tivera pecado em toda a sua vida (Romanos 5.1).
A justificação é mais que um mero perdão. O criminoso perdoado, ou anistiado, continuará criminoso. Mas se Deus o justifica, torna-se ele justo (Romanos 8.1).
A justificação é obtida única e exclusivamente pela fé em Cristo Jesus(Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

RECONCILIAÇÃO E OBLAÇÃO
RECONCILIAÇÃO – [Do lat. reconciliatioReatamento de relações entre partes litigantes. O Senhor Jesus, com a sua morte vicária**, reconciliou-nos com Deus de maneira definitiva, clara e eficiente (Efésios 2.16 / Colossenses 1.20). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD) * Litígio = Disputa. **Vicário = Substituto.

“Mas todas as coisas provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos confiou o ministério da reconciliação”; 2 Coríntios 5:18

Éramos inimigos de Deus. Se Deus não providenciasse um meio para que o homem fosse salvo (através do Seu Filho) jamais o homem poderia reconciliar-se com o Senhor. (Efésios 1.1-22 / Efésios 2.13-18/ Colossenses 1.21 / Romanos 5.10 / Romanos 7.6 / Hebreus 10.26-27)

OBLAÇÃO [Do lat. oblationem] Dedicação de alguma coisa inanimada a Deus: vinho, azeite, flor de farinha, incenso etc. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

·         Para OBLAÇÃO (ou Corbã) leia: Hebreus 10 / Marcos 7.1 / Efésios 5.2 / Isaías 53.12
·         oblação do corpo de Cristo é indicada pela alusão ao “véu do Templo” que se rasgou (Hebreus 10.20).
·         A oferta por oblação é também conhecida como libaçãoaspersão (Gênesis 35.14 / 2 Reis 16.13-15 / 2 Crônicas 29.35 / 2 Samuel 23.16)

PROPICIAÇÃO E EXPIAÇÃO
PROPICIAÇÃO – [Do lat. propitiatio, tornar favorável] Doutrina segundo a qual o sacrifício deCristo, no Calvário, tornou Deus favorável à humanidade caída e enferma pelo pecado (1 João 2.2 / Romanos 3.25). Esta doutrina está ligada essencialmente ao ministério sacerdotal de Cristo (1 João 4.10). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

EXPIAÇÃO – [Do lat. expiationem, reparação de culpas] Cancelamento pleno do pecado com base na justiça de Cristo, propiciando ao pecador arrependido a restauração de sua comunhão com Deus (1 João 1.7 / Hebreus 2.17). A expiação tem um efeito maior que a propiciação. Pois a propiciação implica no abrandamento da ira divina, ao passo que aexpiação implica no cancelamento de toda nossa dívida para com Deus. A morte de Cristo é a base da expiação. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)
Expiação é a satisfação oferecida à justiça divina por meio da morte de Cristo pelos nossos pecados, em virtude do qual todos os que crêem em Cristo são pessoalmente reconciliados com Deus, livrados de toda a pena dos seus pecados e feitos participantes da vida eterna. Expiação é um castigo ou sofrimento de pena, imposto ao delinquente, como uma compensação do delito praticado; penitência; reparação. Com a queda de Adão (fato de ter provado do fruto proibido) era necessária uma expiação para que a humanidade pudesse ser salva. Esta expiação aconteceu por intermédio de Jesus Cristo, no Jardim do Getsêmani, na cruz do calvário e terminou em sua ressurreição, permitindo assim, “que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna” (João 3.15).
No tocante a morte de Cristo em prol da humanidade, foi um sacrifício em oblação* do seu sangue e da sua vida. Ele morreu, não para seu próprio bem, mas para o bem de todos os outros. Cristo padeceu a morte como a penalidade de nosso pecado, como nosso substituto. * Oblação – Doação, dádiva, oferta.

REMISSÃO, REDENÇÃO E RESGATE
REMISSÃO – [do lat. remissione] Compensação, paga, satisfação. Redenção. Livramento da culpa dos pecados com base no sacrifício vicário* de Cristo Jesus (Efésios 1.7 / Colossenses 1.14). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD) * Vicário = Substituto

REDENÇÃO - Redimir é o mesmo que Resgatar - Significa readquirir, adquirir de novo, reconquistar aquilo que se havia perdido. A Bíblia utiliza o termo redimir para exemplificar que, com a morte de Cristo na cruz, toda humanidade foi redimida ou reconquistada. A humanidade havia se distanciado de Deus por causa do primeiro pecado cometido pelo primeiro casal (Adão e Eva). Mas, com a morte de Cristo, todos voltaram a ter uma nova chance de salvação.

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde está logo a jactância? Foi excluída. Por que lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.” Romanos 3:23-28

RESGATE - Resgate é um preço pago para pagar uma dívida. Ou seja, o homem tinha uma dívida para com Deus, desde a queda no Éden. As obras que o homem oferecia jamais poderiam suprir essa dívida. Dessa forma, o próprio

“Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”. Marcos 10:45

Deus enviou o Seu Filho Amado para que esse resgate fosse feito. 1 Timóteo 2.6 / Mateus 20.28 / Tito 2.11 / Colossenses 1.14

TRANSFIGURAÇÃO
TRANSFIGURAÇÃO – [Do lat. transfigurationem] Estado glorioso em que Cristo transformou-se diante de Pedro, João e Tiago, objetivando fortalecer-lhes a fé e antecipar-lhes a glória que, apesar da expectativa da paixão e morte do Senhor, todos os santos desfrutarão nos céus. Neste episódio, que se deu provavelmente no monte Tabor, apareceram juntamente com o Senhor dois outros personagens: Moisés e Elias (Mateus 17.2). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)


PAIXÃO DE CRISTO
PAIXÃO DE CRISTO – Sofrimentos e humilhações infligidos ao Senhor Jesus Cristo, e que culminaram em sua morte vicária no Calvário. O quadro mais belo que temos da paixão de Cristo, acha-se em Isaías 53. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD) * Vicário = Substituto

RESSURREIÇÃO
RESSURREIÇÃO DE CRISTO – Volta de Cristo à vida ao terceiro dia, após sua paixão e morte, como parte de sua obra redentora (Lucas 24.1-12).
É o milagre mais significativo das Escrituras. Deste fato, largamente comprovado nos evangelhos, Atos e Epístolas, dependem todas as verdades do Antigo e do Novo Testamento.
Da ressurreição de Cristo, depende a nossa esperança eterna: “E , se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé” (1 Coríntios 15.14). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

MISERICÓRDIA
MISERICÓRDIA [Do lat. miser, miséria + cordis, coração] Indulgência, graça. Compaixão suscitada pela miséria do próximo. Literalmente significa voltar o coração à miséria alheia. Através deste sentimento, o Senhor mostra que, no juízo do Calvário, sua misericórdia sempre triunfa. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

“A MISERICÓRDIA não é um direito a qual o homem faz jus. A misericórdia é aquele atributo de Deus pelo qual Ele tem compaixão dos miseráveis e os alivia. Mas, dentro do justo governo de Deus, ninguém é miserável sem merecer ser miserável. Os objetos da misericórdia, portanto, são os miseráveis, e a miséria é resultado do pecado; consequentemente, os miseráveis merecem o castigo, não a misericórdia.” (PINK, Arthur W. – Deus É Soberano, Editora Fiel, pág. 23 - publicação original - 1928)

GRAÇA

GRAÇA [Do hb. hessed; do gr. charis; do lat. gratia] Favor imerecido concedido por Deus à raça humana. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, a aceitar e a usufruir, imediatamente, dos benefícios do Plano de Salvação (Efésios 2.8,9).
O objetivo da graça é duplo: 1) Salva o homem do pecado; e 2) Restringe a ação deste, levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
A graça, segundo ensina o apóstolo Pulo, é operada mediante a fé. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

Em uma breve citação no seu livro, Deus É Soberano, Arthur W. Pink descreve o seguinte: [Um estimado amigo, que gentilmente leu o manuscrito deste livro a quem temos de agradecer por diversas e excelentes sugestões, observou que a graça divina é bem mais do que “favor não-merecido”. Dar comida a um mendigo que bate à minha porta é um “favor não-merecido”, mas está longe de ser graça. Suponha-se, porém que eu alimentasse esse mendigo faminto depois de ter sido assaltado por ele – isso seria “graça”. A graça, por conseguinte, é um favor demonstrado quando, na realidade, há demérito* da parte de quem o recebe.] (PINK, Arthur W. – Deus É Soberano, Editora Fiel, pág. 26 - publicação original - 1928) * Demérito – desmerecimento.

CRISTOLOGIA


CRISTOLOGIA
Pr. Felipe Miranda
INTRODUÇÃO

A Cristologia é a área de estudo dentro da Teologia Sistemática que se ocupa da interpretação dos textos bíblicos referentes à pessoa e à obra de Jesus Cristo.

A PESSOA DE CRISTO

“O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.” 1 Coríntios 15:47

DEFINIÇÃO ETIMOLÓGICA

A palavra CRISTOLOGIA deriva-se da junção de duas palavras gregas; Christhos +Logia. Significando o “estudo da pessoa de Jesus Cristo”.

Messiah hb.; Christhos gr. – Messias, Cristo, Ungido.
Logia gr. – Estudo, tratado, doutrina ou fala.
Cristologia  Estudo da pessoa de Cristo.

A Cristologia é uma das principais doutrinas do Cristianismo. Uma vez que Cristianismo está diretamente ligado à Pessoa de Cristo é de extrema importância que cada cristão tenha sua fé bem firmada para que possa conservar a mesma. Também é necessário o estudo sistematizado da Cristologia para se proteger dos ataques das seitas e heresias que rondam esse aspecto do Evangelho de Cristo desde a sua origem. Tanto que até mesmo os apóstolos enfrentaram e combateram os primórdios dessas controvérsias teológicas.



AS DUAS NATUREZAS DE JESUS CRISTO
(DIVINO-HUMANO)

“Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade;” Colossenses 2:9

Desde que Jesus Cristo ascendeu-se ao céu, os cristãos têm sofrido perseguições de todas as formas. Porém, nenhuma perseguição é tão danosa quanto uma distorção das Escrituras.
Sendo assim, o inimigo tem levantado homens para disseminar heresias baseadas em interpretações equivocadas de textos bíblicos isolados, fazendo com que muitas pessoas desatentas e recém-convertidas, se tornem presas fáceis às diversas distorções bíblicas difundidas pelos falsos mestres.
Para introdução à Cristologia, vejamos algumas passagens que se refere à deidade de Cristo:

É DEUS: João 1.1; 10. 30,33,38; 14. 9,11; 20. 28; Romanos 9.5; Cl. 1.15; Filipenses 2.6; Hebreus 1.3; 2 Coríntios 5.19; 1 Pedro 1.2; 1 João 5.2; Isaías 9.6
É TODO-PODEROSO: Mateus 28.18; Apocalipse 1.8;
NÃO FOI CRIADO, É ETERNO: João 1.18; 6.57; 8.19,58; 10.30,38; 14.7,9,10,20; 16.28;17.21
É AUTOR DA CRIAÇÃO: João 1.3; Colossenses 1.16; Hebreus 1.2,10; Apocalipse 3.14
O FILHO UNIGÊNITO (Jesus Cristo) POSSUI OS ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DO PAI

A passagem de João 1.1-3 já seria mais do que suficiente para esclarecer toda a Cristologia em apenas poucas palavras. Um estudo mais aprofundado faz-se necessário apenas para que haja uma apologética* mais funcional. (* Apologética = Defesa da Fé)

JESUS É ONIPOTENTE - (Lucas 4: 35, 36, 41). Ele tem poder sobre os demônios (Marcos 8: 16; 10: 1), tem poder sobre as doenças (Marcos 10: 8) e tem poder para guardar (Mateus 28: 18; Apocalipse 1:18; Mateus 24:30; Hebreus 1:9,10) “Eu sou o Alfa e o Ômega... o Todo-Poderoso” Apocalipse 1.8.
JESUS É ONISCIENTE - (João 16:30; 21:17). “Senhor, tu sabes todas as cousas”.
JESUS É ONIPRESENTE - (Efésios 1:20-25; Mateus 18:20) “onde estiverem dois ou três, em meu nome, ali estou no meio deles”.
JESUS É IMUTÁVEL - (Malaquias 3:6; Hebreus 13: 8; Hebreus 1: 12).
JESUS É ETERNO - (Colossenses 1:17; João 1:1; Miquéias 5:2; Isaías 9:6).
JESUS É ADORADO - (Apocalipse 7: 9-12; Mateus 4:10; Mateus 28:9-17; 14:33; 15:25; Lucas 24:52; Hebreus 1:6).
A CONSCIÊNCIA DE CRISTO DA SUA DIVINDADE - O próprio Cristo tinha consciência da sua divindade. Ele mesmo se iguala ao Pai na vida (João 5:26), na honra (João 5:23), na glória (João 17)

JESUS CRISTO É APRESENTADO COMO:



O Primeiro e o Último (Isaías 41.4; Colossenses 1.15,18; Apocalipse 1.17; 21.6)
Salvador (Tito 3.4-6)
Senhor dos Senhores (Apocalipse 17.14)
Senhor de todos e Senhor da Glória (Atos 10.36; 1 Coríntios 2.8)
Rei dos Reis (Isaías 6.1-5; João 12.41; 1 Timóteo 6.15)
O Caminho (João 14.6; Hebreus 10.19,20)
Verdadeira Luz (Lucas 1. 78, 79; João 1.4,9)
A Vida (João 11.25; 1 João 5.11,12)
Juiz (Mateus 16.27; 25.31,32; João 5.27; 2 Timóteo 4.1; Atos 17.31)
Pastor (Salmos 23.1; João 10. 11,12)
Cabeça da Igreja (Efésios 1.22)
Perdoador dos pecados (Salmos 103.3; Marcos 2.5; Lucas 7.48,50)
Preservador de tudo (Hebreus 1.3; Colossenses 1.17)
Doador do Espírito Santo (Mateus 3.11; Atos 1.5)
Santificador (Hebreus 2.11)
Mestre (Lucas 21.15; Gálatas 1.12)
Ressuscitador de si mesmo (João 2.19)
Inspirador dos profetas (1 Pedro 1.17)
Supridor de ministros à Igreja (Efésios 4.11)



HERESIAS CRISTOLÓGICAS

Dentre os muitos falsos conceitos quanto à divindade de Jesus Cristo, surgidos a esses séculos de história do cristianismo, se destacam os seguintes:
O GNOSTICISMO [Do gr. Gnostikós, conhecimento] Escola teológica que floresceu nos primórdios do Cristianismo. Contrariando as pregações dos apóstolos, seus adeptos diziam-se os únicos a possuírem um conhecimento prefeito de Deus. Seu arcabouço doutrinário considerava a matéria irremediavelmente má. Por isso, diziam que a humanidade de Cristo era apenas aparente.
Os gnósticos foram muito combatidos pelo apóstolo João que, em suas epístolas, fazia questão de mostrar ser o Senhor Jesus verdadeiro homem e verdadeiro Deus.
O gnosticismo visava também conciliar todas as religiões, unido-as através da gnose que, segundo ufanavam-se, era um conhecimento mais profundo. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

O AGNOSTICISMO [Do gr. A, não + gnoses, conhecimento: agnosticismo = não conhecimento] Corrente filosófica que afirma ser o homem incapaz de saber se Deus existe ou não. Foi o filósofo inglês T. H. Huxley quem usou este vocabulário pela primeira vez. Isto ocorreu em 1869. Acredita-se que essa perspectiva filosófica tenha se originado da inscrição que Paulo encontrara num altar em Atenas: “Ao Deus desconhecido” (Atos 17.23). (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

O EBIONISMO (Ebion hb. significa “pobre”) – Negava a divindade de Cristo, considerando-o como um simples homem.

O DOCETISMO* (Docetas Séc. II d.C.) – Negava a realidade do corpo de Cristo, julgando que sua natureza não podia estar à carne, que segundo o sistema, é inerente má. * Influenciados pelo Gnosticismo.

O SABELIANISMO ou Modalismo (Sabélio Séc. III d.C.) – Entre as primeiras heresias quanto à doutrina da Trindade, afirmava que havia uma única pessoa na Divindade, e que as expressões Pai, Filho e Espírito Santo apenas denotavam a esta mesma Pessoa em capacidades diferentes. (Pai,Criador; Filho, Redentor; Espírito,Operador)

O ARIANISMO (Ário 325 d.C.) – Considerava a Cristo como o mais elevado dos seres criados, enquanto negava a sua divindade.

O EUTIQUIANISMO ou Monofisismo (Eutíques 378-454 d.C.) – Eutíques ensinava que por causa da encarnação, o corpo de Cristo foi deificado de tal maneira que já não era consubstancial conosco. Segundo ele, no momento da concepção em Maria, Jesus Cristo era um ser híbrido entre a humanidade e a divindade – uma única natureza divino-humana -, que juntava e misturava as duas naturezas de tal maneira que a natureza humana era subjugada e absorvida pela divina. Segundo Langston (1999), o pensamento de Eutíques era de que “as duas naturezas de Cristo fundiram-se de maneira que formavam uma terceira natureza, que nem era divina nem humana. Assim sendo, Jesus não humano e nem tampouco divino”. (LANGSTON, A.B. Esboço de Teologia Sistemática, 1999, pg. 177)

O NESTORIANISMO (Nestório 431 d.C.) – Negava a união das duas naturezas – humana e divina em Cristo, fazendo dele duas pessoas. Um axioma básico do pensamento de Nestório era que a verdadeira humanidade não pode existir de modo algum sem uma pessoa humana individual que seja o centro da natureza humana. Para ele, o prosopon(pessoa) e a physis (natureza) estão juntos, tanto na humanidade como na divindade. Isto significava, naturalmente, que Nestório tinha de afirmar que Jesus Cristo era duas pessoas.

O APOLINARIANISMO (Apolinário 381 d.C.) – Este admitia que Cristo tinha apenas duas partes humanas, negando que Ele tivesse alma humana.

O JEOVISMO (Testemunhas de Jeová Séc. XX) – Ensinam que Cristo não é Deus, mas que apenas estava “existindo” na forma de Deus.

UNICISTAS E UNITARISTAS
Apesar de parecer terem pontos de vista parecidos, é possível identificar qual é a principal diferença entre unitarismo e unicismo

UNITARISMO entende que Deus é um e único, o Pai de Jesus Cristo. Dessa forma NÃO crêem na Divindade de Cristo.

Já os UNICISTAS* entendem que o Pai, o Filho e o Espírito são apenas manifestações diferentes do mesmo Deus (* é o mesmo que MODALISMO).


A PRÉ-EXISTÊNCIA DE CRISTO

ANTES DA CRIAÇÃO DO MUNDO
João 17.5 “e agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti,antes que houvesse mundo”.
João 17.24 “...porque me amaste antes da fundação do mundo
ANTES DE ABRAÃO
João 8.58 “Antes que Abraão existisse, EU SOU”. (compare Êxodo 3.14) Jesus não disse “eu era”. Os judeus entenderam muito bem o que Jesus disse por que queriam apedrejá-lo.
O ALFA E O ÔMEGA
Apocalipse 1.8 “Eu sou o Alfa e o Ômega”
ASSEIDADE (ou AUTO-EXISTÊNCIA) – João 5:26

A NATUREZA HUMANA DE CRISTO

Era necessário que Jesus em tudo fosse semelhante aos seus irmãos (Hebreus 2.17); para que se cumprisse um princípio da justiça divina. Foi o homem quem pecou, e como Deus não tem o culpado por inocente, nem o inocente por culpado, cabe ao culpado reparar sua falta. Assim, Jesus Cristo se fez homem, sem culpa, tomou a culpa de todos nós e cumpriu a justiça divina.

Cristo se fez semelhante aos homens – Filipenses 2.6-8; Romanos 8.3

a) Jesus Cristo Era um Homem
            A Bíblia declara “... Jesus Nazareno, varão aprovado...” (Atos 2.22); “...um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2.5).

b) Possuía um Corpo Humano
            “Apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24.39).
E assim, Jesus:
·         Sentiu fome – Mateus 21.18;
·         Sentiu sede - João 19.28;
·         Sentiu sono – Mateus 8.24;
·         Fadigou-se - João 4.6.

c) Possuía uma Alma Racional
·         Sentiu tristeza - Marcos 14.34
·         Deu-a como oferta pelo pecado – Isaías 53.10;
·         Crescia em sabedoria – Lucas 2.40,46,52
·         Indignava-se - João 2.13-16;
·         Amava – Marcos 10.21; João 11.3,36; 13.1.

d) Possuía um Espírito Humano
            “Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou” Mateus 27.50.
e) Possuía Ascendência Humana
·         Feito de mulher - Gálatas 4.4; Mateus 1.18;
·         Feito da semente da Davi – Romanos 1.3; Mateus 1.1; Atos 13.22,23.

“Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus. E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; E reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. E disse Maria ao anjo: Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.E eis que também Isabel, tua prima, concebeu um filho em sua velhice; e é este o sexto mês para aquela que era chamada estéril;Porque para Deus nada é impossível.Disse então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.” Lucas 1:30-38


Vejamos a seguir uma relação dos pontos principais da Bíblia sobre a humanidade de Cristo. (sem comentários)


Jesus Cristo era uma PESSOA completa:
·         Possuía CORPO FÍSICO - Mateus 26. 12
·         Possuía ALMA RACIONAL - Mateus 26. 28
·         Possuía ESPÍRITO HUMANO - Lucas 23. 46

Teve sentimentos fortes como:
·         Choro João 11. 35; Lucas 19. 41
·         Tristeza Mateus 26.38
·         Indignação Marcos 3.5;10.14
·         Zelo Mateus 10.34; João 2. 15

Recebeu nomes humanos e atribuições humanas, como:
·         Nazareno - Atos 2. 22
·         Jesus - Mateus 1. 21
·         Profeta - Mateus 21. 11
·         Carpinteiro - Marcos 6. 3
·         Filho do Homem - Lucas 19. 10
·         Cristo Jesus, homem - João 19. 5; 1 Timóteo 2. 5
Entre várias outras características humanas que serão citadas a seguir:
·         Nascido de mulher segundo a descendência de Davi - Mateus 1. 1, 18; Atos 2. 30; Romanos 1. 3; Gálatas 4. 4
·         Desenvolveu-se como um ser humano - Lucas 2. 46, 47, 52
·         Tinha mãe e irmãos - Mateus 12. 47; 13. 55
·         Trabalhou até os trinta anos como carpinteiro - Marcos 6. 3; Mateus 13. 55
·         Conheceu a tentação - Hebreus 2. 18
·         Sentiu angustia na oração - Hebreus 5. 7
·         Aprendeu a ser obediente - Hebreus 5. 8
·         Fadigou-se - Mateus 8. 24; João 4. 6
·         Sentiu fome e sede - Mateus 4. 2; 21. 18; João 19. 28
·         Sentiu sono - Mateus 8. 24
·         Sentiu dores agonizantes - Lucas 22. 44
·         Crescia em conhecimento - Lucas 2. 52
·         Tinha conhecimento limitado - Marcos 13. 32
·         Dependia das orações - Marcos 1. 35
·         Dependia do Espírito Santo - Atos 10. 38; Mateus 12. 28

ü  Ao ler estas referências bíblicas citadas acima, se torna inquestionável o ensino sobre a humanidade de Cristo.

Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne - Romanos 1.3; Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus - 1 João 4. 2.

ENCARNAÇÃO DO VERBO

ENCARNAÇÃO [Do lat. icaro, carne] Revestir-se de carne. Deu-se a encarnação de Cristo quando a Segunda Pessoa da Trindade tomou a nossa forma e substância para executar o plano redentivo de Deus (João 1.12). Processo, que constitui no maior mistério das Sagradas Escrituras, em nada lhe alterou a divindade.
JESUS CRISTO É O VERDADEIRO HOMEM E O VERDADEIRO DEUS.

A encarnação constitui-se no segundo pilar da história sagrada. O primeiro é o êxodo dos filhos de Israel. Sem este mistério, não poderia haver Evangelho. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

Deus bendito Eternamente - Romanos 9.5
A concepção de Deus através de uma virgem é uma Mistério - Isaías 7.14
Encarnação - Mistério da Piedade -1 Timóteo 3.16
Quando Deus, no dia da Queda, prometeu um Redentor, revelou de qual maneira Ele viria ao Mundo - Gênesis 3.15
Nascido de mulher - Gálatas 4.4
O Nome - Lucas 1.31
A Virgindade - Lucas 1.34
A Concepção do Filho de Deus - Lucas 1.35
Maria aceitou o Milagre, não foi forçado - Lucas 1.38
O Mistério é compreendido pela Fé - Hebreus 11.13
Nascimento natural (Nove meses) - Lucas 2.6
Nascido em Belém, de acordo com a profecia - Miquéias 5.2
Os anjos cantaram louvores ao Messias - Lucas 2.8-14

ü  “O VERDADEIRO DEUS HAVIA VINDO AO MUNDO COMO UM VERDADEIRO HOMEM”

Foi por meio desse milagre que o Verbo se fez Carne - João 1.14
Deus introduziu no mundo o Primogênito - Hebreus 1.6
Jesus veio em semelhança de carne - Romanos 8.3
Participou da Carne e do Sangue - Hebreus 12.14
Foi feito descendência de Abraão - Hebreus 2.16
Em tudo semelhante aos irmãos - Hebreus 2.17
Ele desceu dos céus - João 6.33,38,41,42
Deus lhe preparou um Corpo - Hebreus 10.5
A Encarnação deu a Jesus condições de ser o Mediador entre Deus e os homens – 1 Timóteo 2.5
Também, a Encarnação deu a Cristo a condição de ser misericordioso e fiel Sumo Sacerdote para expiar os pecados dos homens – Hebreus 2.17

ü  Sendo homem, podia fazer a reconciliação pelos homens; sendo Deus, a reconciliação fica com inexprimível valor.

A NATUREZA DIVINA DE CRISTO

·         Jesus Cristo é Deus desde a Eternidade – João 1.3
·         Aniquilou-se a si mesmo (tomando a forma de servo) – Filipenses 2.7
·         O Verbo se fez carne e habitou entre nós - João 1.14
·         Ele continua Deus verdadeiro revelando a glória do Unigênito do Pai - João 1.14
·         A Deidade de Cristo nas Escrituras – João 1.20-36 / 1 João 5.10
·         Jesus Cristo é chamado Deus – Hebreus 1.8 / Mateus 3.17 / Marcos 9.7 /
·         Filho de Deus (da mesma Natureza que o Pai) - Lucas 1.35 / 1 João 5.10
·         Emmanuel (Deus Conosco) - Mateus 1.23
·         Os anjos cantaram louvores a Cristo (Senhor) – Lucas 2.11
·         EU SOU – Marcos 14.61,62 / João 8.24,28,58 / João 13.59
·         Cristo se refere a Deus como: Meu Pai – Mateus 10.32 / João 2.16 /João 10.37 / João 15.24
·         O Filho Unigênito [Do gr. Monogenes; do lat. Unigênitus] O termo UNIGÊNITO não significa que Cristo foi um ser criado. Pelo contrário, a declaração refere-se ao seu relacionamento exclusivo com o Pai, isto é, ao fato de Ele ser o Filho de Deus desde toda a eternidade. Aqui temos a sua filiação em relação ao Deus trino (João 1.14,18 / João 3.16,18 / Marcos 1.11). Muitas pessoas confundem UNIGÊNITO (ser o único de sua espécie ou classe – único no gênero) com PRIMOGÊNITO (aquele que desfruta de PRIMAZIA - Superioridade de categoria; prioridade; excelência) , Cristo é tanto um quanto o outro. "Primogênito" nem sempre tem o sentido do primeiro que nasceu. Esta palavra é usada várias vezes na Bíblia para mostrar a posição de honra ou privilégio que alguém recebeu. Por exemplo, Deus chamou Israel de primogênito entre os povos (Êxodo 4:22). Diversas outras nações já existiam séculos antes de Deus criar a nação de Israel. Primogênito não quer dizer, neste caso, o primeiro que passou a existir. Quer dizer simplesmente que Deus colocou Israel numa posição de honra acima de todas as nações. No Novo Testamento, todos os filhos de Deus são primogênitos (Hebreus 12:23) porque Deus os colocou numa posição de honra. No mesmo sentido, o Pai colocou Jesus numa posição de primazia acima de todas as criaturas. De semelhante modo, Jesus é o primogênito de entre os mortos (Colossenses 1:18). Outras pessoas foram ressuscitadas antes de Jesus, mas ele reina supremo sobre todos. Jesus não é criatura. Ele é Criador, Redentor, e Senhor dos senhores (Apocalipse 17:14).
·         Quem vê a Cristo, vê o Pai – João 14.9 / João 12.45
·         O Messias – João 4.25,26
·         O Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último – Apocalipse 1.8 / Apocalipse 1.11 / Apocalipse 21.6 / Apocalipse 22.13

Jesus Cristo é chamado SENHOR em todo o período que se encontra entre nós e após sua ressurreição, e a Bíblia ensina que há somente UM Senhor. Sendo SENHOR, significa que Cristo é nosso PROPRIETÁRIO, nosso DONO, por isso mesmo, somos chamados servos.
 “E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” Marcos 12:29
“Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.” Lucas 2:11
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” João 1:1
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória dounigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1:14

QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DIVINAS EM CRISTO

CRISTO É IGUAL AO PAI

“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deusnão considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmovindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humanahumilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”Filipenses 2:4-8

CRISTO, EU SOU - João 8.58 / PERDOAR PECADOS - Mateus 9.2 / RESSUSCITAR MORTOS João 5.25

* PARA UM ESTUDO SOBRE A DIVINDADE DE CRISTO - CLICK AQUI

SALVADOR

Cristo é Salvador, somente Deus pode salvar – Isaías 43.11 / Lucas 2.11 / Lucas 1.47 / Salmos 106.21 / Tito 3.6 / Isaías 45.15 / Atos 13:23 / Filipenses 3:20 / 1 Timóteo 2:3 / Tito 2:10 / Tito 2:13 / 2 Pedro 1:11 / 1 Timóteo 4:10 / Tito 1:3 / 2 Pedro 1:1

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vidaninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6
A Palavra de Deus não dá opções de “religião” para que se achegue até Ele. Apenas pelo Unigênito o homem é capaz de encontrar o Caminho da Salvação. Não existe outro caminho!
Da mesma forma, diferente das correntes filosóficas que defendem existir “várias verdades”, Cristo nos afirma que somente Ele é a Verdade. Não há outra forma de crer em Deus a não ser pelo Filho!
Enfim, o Senhor Jesus Cristo nos declara que a Vida Eterna só poderá ser alcançada se estivermos nEle. Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, nosso Advogado, nosso Amigo, nosso Senhor e Salvador é a Fonte da Vida!
“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” 1 João 5:20
                Existem várias religiões ao redor do mundo prometendo salvação através de nomes de homens que se destacaram por seus conceitos filosóficos. Porém a Palavra de Deus nos deixa claro que não há outro nome que nos achegue até Ele, a não ser o Nome do seu Filho Amado, Jesus Cristo.
 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4:12
“Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;” Filipenses 2:9
 “Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus, e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.” Judas 1:4

NASCEU DE FORMA SOBRENATURAL

Um ser humano comum não nasce de forma transcendental. Por isso Ele é o Filho de Deus. Jesus Cristo é o Filho do Homem assim como é o Filho de Deus.

Lucas 1:35 / Mateus 1:18

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus FortePai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isaías 9:6

Um ser humano comum não poderia em hipótese alguma, receber adoração de homens nem mesmo dos anjos.
“E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te para trás de mim, Satanás; porque está escrito: Adorarás o SENHOR teu Deus, e só a ele servirás.” Lucas 4:8

Cristo porém, recebe adoração: João 9:38 / Marcos 5:6 / Mateus 15:25 / Mateus 8:2 / Mateus 9:18 / Apocalipse 5:8 / Hebreus 1:5-6

Observe que o Apóstolo Pedro não aceitou a adoração de Cornélio - “E aconteceu que, entrando Pedro, saiu Cornélio a recebê-lo, e, prostrando-se a seus pés o adorou. Mas Pedro o levantou, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem.” Atos 10:25-26

“Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” João 8:58
“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados.” Mateus 9:2
“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” João 5:25
É 100% Deus, o Todo-Poderoso – “Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” Apocalipse 1:8
Sempre foi Deus – Hebreus 1.7-13 (Conferir 1 João 1.1 / Lamentações 5.19 / Salmos 45.6)

CRIADOR

O Verbo que estava no princípio com Deus foi o agente da Criação de todas as coisas:
“... o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para eleEle éantes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas; Colossenses 1:15-17
Compare: “Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” Romanos 11:36
Cristo Jesus na Criação: João 1:3 -“Todas as cousas foram feitas por intermédio dele”; Col. 1:13-23.

* LEIA TODO O CAPÍTULO DE HEBREUS 1

O CARÁTER DE JESUS CRISTO

       O caráter de Cristo compreende as qualidades e virtudes morais que o tornam aprovado por Deus, pelos homens, pelos anjos, cuja pureza e realidade os demônios reconhecem. Jesus Cristo chamou o Pai de “Meu Deus”, e “Meu Pai”, tomando assim o lugar e assumindo o caráter de homem (Marcos 15:34; João 20:17).

OS DOIS ESTADOS DE JESUS CRISTO

Em seu ministério terreno, Cristo Jesus passou por duas situações distintas.  No primeiro momento, Ele passa por um período de humilhação; o que chamamos de “estado de humilhação”. Logo após sua vitória, Cristo retorna à Sua Glória: o que chamamos de “estado de exaltação”.

 ESTADOS DE CRISTO [Do lat. Status] Assim são consideradas as duas etapas mais importantes do ministério terreno de Cristo: a humilhação e a exaltação. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

O ESTADO DE HUMILHAÇÃO

ESTADO DE HUMILHAÇÃO [Do lat. Status; do lat. humiliare] Limitação imposta ao Filho de Deus pelo ministério da encarnação. Para tomar a nossa forma, deixou temporariamente a sua glória. Submeteu-se a todas as nossas agruras, fazendo-se em tudo (exceto no pecado) semelhante a nós (Filipenses 2.1-10). Eis a excelência de seu sacerdócio.
O ápice do estado de humilhação de Cristo deu-se ao ser pregado no madeiro. Tornou-se Ele maldito por nossa cause. Mas ei-lo exaltado à destra do trono divino. (Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

O estado de humilhação da pessoa de Cristo ocorreu no fato da encarnação e na vida terrena até a morte.

1.       O verbo preexistente se fez homem (João 1: 1,14).
2.       Na encarnação Cristo humilhou-se (João 17:5; Filipenses 2: 6-8; 2 Coríntios 8: 9).
3.       Ele foi sujeito às leis físicas e humanas (Lucas 2: 52; Gálatas 4:4).
4.       Como ser humano, Ele que "esvaziou-se a Si mesmo" passou a ser, em tudo, dependente do Espírito Santo; Vejamos:
a)      Ele foi gerado pelo Espírito Santo (Lucas 1: 34, 35).
b)      Ungido pelo Espírito Santo (Mateus 3:16).
c)       Conduzido à tentação pelo Espírito Santo (Mateus 4: 1).
d)      Levado a cruz pelo Espírito Santo (Hebreus 9: 14).
e)      Foi ressuscitado pelo Espírito Santo (Romanos 8: 11).
f)       Foi fortalecido pelo Espírito Santo para realizar as obras (Mateus 12: 28; Atos 1: 2; 10: 38).
g)      Foi isto que aconteceu. Ele, voluntariamente, assumiu a condição de humano para sofrer com os homens nesse período de humilhação (João 10: 17,18).

O ESTADO DA EXALTAÇÃO

ESTADO DE EXALTAÇÃO [Do lat. Status; do lat. exaltationem, engrandecimento] Ato pelo qual o Pai reconduziu a Cristo à glória que este desfrutava junto à divindade antes do mistério da encarnação (João 17.22-24). A exaltação de Cristo selou, de forma definitiva, seu ministério, paixão, morte e ressurreição (Filipenses 2.1-10).
No estado de exaltação, Cristo não reouve sua divindade, pois jamais a perdera. E, sim, a glória que, por um pouco de tempo, havia abandonado por amor à pobre humanidade.(Dicionário Teológico – Claudionor Corrêa de Andrade – CPAD)

Pela ressurreição e ascensão, Cristo passou para o estado de exaltação. Voltou àquela glória que Ele tinha antes da encarnação (Atos 7: 55; João 17: 5; Filipenses 2: 9-11). Neste estado, Cristo assentou-se à destra de Deus, na glória que tinha antes da encarnação, e passou a exercer todos os atributos divinos.
Os dois estados de Cristo refletem os dois estados da vida do crente: o de humilhação neste mundo, e o de exaltação na vida futura.
Cristo participou da humilhação humana para que os crentes participem da sua glória divina, mas sempre nesta ordem: primeiro a humilhação, depois a glória (Hebreus 2: 10; 1 Pedro 1: 4, 11). Primeiro as aflições, por fim a glória incomparável (Romanos 8:18).

OS TRÊS OFÍCIOS DE MEDIAÇÃO

OS OFÍCIOS DE CRISTO

No antigo testamento havia três ofícios ou funções fundamentais na vida do povo de Deus: o de Profeta, o de Sacerdote e o de Rei. De modo geral, por estes ofícios, o povo ouvia a Deus (através do Profeta), fazia-se representar diante de Deus (pelo Sacerdote), e tinha o governo político (do Rei).
Em Cristo, os três ofícios foram reunidos, e Ele mesmo é o Profeta, o Sacerdote e o Rei.
Assim Ele é um mediador completo e perfeito (1 Timóteo 2: 4).



A RESSURREIÇÃO DE CRISTO

A Ressurreição de Cristo é o fato mais importante do Evangelho de Cristo. Esse fato foi testemunhado por vários crentes durante o período apostólico. Apenas para se ter ideia da importância desse evento, Cristo Jesus fez questão de realizar pelo menos dezoito aparições corporais (contando apenas as que estão registradas nas Escrituras Sagradas). “E , se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé”. 1 Coríntios 15.14

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