A LEI DE DEUS
Apresentada através dos 5 primeiros livros das Sagradas
Escrituras, chamados de Pentateuco (que
significa os 5 rolos/livros) ou Torah
(para os Judeus, que significa Lei em hebraico).
A Lei veio porque Israel era
possessão peculiar de Deus, como povo e nação. Necessariamente veio a Lei de
Deus para governo próprio do seu povo eleito, tanto como indivíduos
responsáveis a Deus quanto como nação de igual modo responsáveis ao Senhor. A
Lei de Deus – chamada também de a Lei de Moisés (pois o Senhor entregou a
Moisés as duas tábuas da Lei) - A base
da Lei é a santidade de Deus. Ele disse repetidamente: Sede santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo. A Lei
continha dois elementos: o eterno e o temporário. Um elemento é eterno,
portanto trata da moral, que se não muda. Encontramo-lo nos Dez Mandamentos,
frequentemente denominados Decálogo (ou
seja, as Dez Palavras) e em estatutos com este relacionados.
O Senhor havia dito que "quem praticar estas coisas, por elas viverá" (Lv 18:5; Rm
10:5; Gl 3:12). O Senhor não estava mentindo quando disse essas
palavras! Porém, pouquíssimos homens tiveram a condição de serem chamados justos
diante de Deus, pois está escrito: "Maldito
todo aquele que não persiste em praticar todas as coisas escritas no livro da
Lei" (Dt 27:26; Gl 3:10; Tg 2:10). Não por causa da dificuldade da
Lei, mas pela dureza do coração humano.
O elemento temporário (provisório, transitório) compõe-se de
leis, tanto civis como cerimoniais.
Evidentemente as leis civis se
mudariam ou se revigorariam segundo as mudanças na vida da nação e nas suas relações
com os povos vizinhos. E as leis cerimoniais, cuja finalidade era ensinar por
meio dos sacrifícios e culto ritualísticos o desígnio redentor de Deus, haviam
de terminar com o advento do Messias, cuja obra de redenção esse ritualismo
prefigurava, e hoje os cristãos têm certeza que Cristo veio a ser o cumprimento
e o fim da lei (cf. Rom. 10;4,; 5:17).
Finalmente quanto à faceta
doutrinária, não é despercebida a doutrina, não somente explícita como tal, mas
também em conjunto com sua história e suas leis. Os inícios de todos os
ensinamentos bíblicos se descobrem nesse rolo de cinco volumes. Consequentemente,
o intérprete da Bíblia distingue no Pentateuco, claramente ou de um modo vago,
as muitas doutrinas divinas, sendo as mesmas reunidas ao redor dos seguintes
conceitos focais: (1) Deus, o Criador de todas as coisas e o Autor da
providência bendita; (2) o homem, criado perfeito e transformando-se em pecador
perdido e sem esperança, não fôra o Salvador; (3) o Salvador, o Messias
prometido; (4) a redenção por meio da fé (como a de Abrão); (5) o reino de Deus
na terra, simbolizado na teocracia israelita; (6) a igreja, prefigurada no
Tabernáculo e na assembleia do povo; (7) as recompensas e os castigos,
vislumbres do céu e do inferno. Sim, realmente através do Pentateuco se
encontra claramente exposto o tema doutrinário de toda a Bíblia: Pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Naquele
tempo, como na atualidade, alguém, para se salvar, precisava crer na promessa
de Deus; e aqueles que creram fizeram-no, não cegamente na empírica e abstrata
declaração da promessa, mas inteligentemente na Essência da promessa, que é a
eterna Pessoa de Deus. De maneira que verdadeiramente todas as doutrinas divinas são reveladas no Pentateuco, sendo, às
vezes, em embrião, daí por diante se desenvolvem acentuadas através das páginas
da Palavra de Deus.
Oh, quão maravilhosos sãos os
começos da história e da doutrina bíblica da salvação pela fé pessoal no nosso
Deus pessoal!
Atualmente, não estamos debaixo dos aspectos Civis e Cerimoniais da Lei, pois
esses eram elementos transitórios (ou
seja provisórios).
A Lei Civil [era uma espécie de
Constituição Federal] estava relacionada especificamente à nação de Israel, portanto
não serve para outras nações e a Lei Cerimonial continha elementos do culto
israelita (constituído por sacrifícios, dias de festas, etc).
Jesus Cristo cumpriu a Lei Cerimonial
quando morreu como um sacrifício perfeito. (Veja Hebreus 7:26, 27 e 1 Pedro
1:18, 19).
No entanto, os aspectos Morais,
descritos nos Dez Mandamentos estão em vigor, excetuando-se o fato de que não
somos obrigados a guardar o dia de Sábado – já que o Sábado foi uma lei somente para os Judeus (Êxodo 20.2; Deuteronômio
5.1-3). O Sábado (ou Descanso) que aguardamos
é o Céu (Hebreus 4.1-11).
"Portanto, não
permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a
alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.
* O Sábado era um
sinal de aliança entre o povo de Israel
e o Senhor.
"Os israelitas terão que guardar o
sábado, eles e os seus descendentes, como uma aliança perpétua." Êxodo 31:16
Observe que o Sábado está ligado
à Antiga Aliança (de Deus com o povo
de Israel), porém agora, estamos na Nova
Aliança!
Justamente por isso, não
praticamos durante a Nova Aliança (o Novo Testamento) Holocaustos, Sacrifícios,
etc...
O aspecto Moral da Lei é repetida e esclarecida no Novo Testamento
* O NOVO TESTAMENTO
NÃO REPETE O QUARTO MANDAMENTO
Não há dúvida de que o Novo
Testamento cita mandamentos do Velho Testamento. Cita mandamentos
indistintamente de toda a Lei de Moisés, mas não repete o quarto mandamento em
nenhum lugar. Façamos uma comparação dos dez mandamentos dentro do Novo
Testamento:
VELHO TESTAMENTO
1. Mandamento – Ex 20.2,3
2. Mandamento – Ex 20.4-6
3. Mandamento – Ex 20.7
4. Mandamento – Ex 20.8-11
5. Mandamento – Ex 20.12
6. Mandamento – Ex 20.13
7. Mandamento – Ex 20.14
8. Mandamento – Ex 20.15
9. Mandamento – Ex 20.16
10. Mandamento – Ex 20.17
NOVO TESTAMENTO
1. At 14.15
2. 1 Jo 5.21
3. Tg 5.12
4. NÃO HÁ
5. Ef 6.1-3
6. Rm 13.9
7. 1 Co 6.9,10
8. Ef 4.28
9. Cl 3.9
10. Ef 5.3
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