Queimando a Carne
Pude observar um processo físico
(comportamental) que ocorria durante uma festa do grupo dos jovens na minha
igreja, onde havia uma comemoração de aniversário de um dos jovens.
Na ocasião havia um churrasco; onde
eu parei e estive a analisar e a comparar o comportamento das brasas na
churrasqueira com os crentes dentro da igreja.
Ao iniciar o processo para incendiar
o carvão, o jovem se dispôs de combustível e uma fagulha de fogo. Algo que
provocasse uma pequena chama dentro da churrasqueira. Os carvões que estavam
mais próximos do fervor inicial, se incendiaram primeiro, mas, logo começaram a
se apagar, pois era preciso haver uma manutenção da fogueira até que estivessem
em brasas. Era preciso que o jovem estivesse sempre por perto, cuidando para
que os carvões não aquecidos, acabassem sufocando os incendiados.
Bem organizada a fogueira dentro da
churrasqueira, em pouco tempo quase todos os carvões estavam em brasas, e
alguns pegavam fogo e expandiam o calor para os que estavam próximos, causando
uma reação em cadeia.
O fogo porém, precisava ser
alimentado, então o jovem vinha e despejava novos carvões (novos convertidos) sobre
a fogueira. Ao colocar os novos carvões, os que ficavam por baixo, serviriam de
suporte para facilitar a incendiar os recém chegados, mas, se não tivesse
cuidado, aqueles novos carvões não experimentariam do calor das brasas, pois
facilmente estavam sufocando os que estavam já há muito tempo.(estavam
cansados)
O rapaz então veio e começou a
abanar sobre a churrasqueira, provocando assim, vento, e com isso alimentando o
fogo novamente, e os novos carvões agora, estavam a pegar fogo.
Todas as vezes que o fogo se
apagava, os carvões ficavam apenas em brasas. Permaneciam aquecidos, mas, sem
fogo para expandir, tinham calor apenas para si mesmo, porém, com o tempo se
esfriariam, pois não podiam gerar calor próprio, nem compartilhar. Durante este
processo, vi que sobre as brasas, caía o óleo da carne que estava sobre a
churrasqueira. E quanto mais a carne era queimada, mais óleo caía sobre as
brasas, e todas as vezes que o óleo era derramado sobre as brasas, elas se
incendiavam e geravam chamas sobre elas, e contagiavam todas as outras brasas
ao seu redor. E sempre que uma estava a se apagar, vinha outra incendiada e
dava suporte para a que estava a se esfriar.
Pude notar também que os carvões que
ficavam escondidos, pelas bordas, raramente recebiam calor, e tinham muito
poucas chances de vir para o meio. Pois, o rapaz preferia trazer uma porção
nova de carvão que juntar aqueles que estavam pelos cantos.
Assim acontece espiritualmente com
nossas vidas...
Pr. Felipe Miranda
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