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sábado, 15 de setembro de 2012

A CEIA DO SENHOR


A CEIA DO SENHOR



A Ceia do Senhor também chamada de “A Santa Ceia” é um memorial que deve ser efetuado pela congregação local. [Lc 22.19; 1 Co 11.24-25]

Memorial Simbólico – Define a Ceia do Senhor como um ato de comemoração e representação simbólica do sacrifício único e suficiente de Cristo.[O Memorial Simbólico é comum nas Igrejas Batista] Ulrich Zwinglio queria que tudo estivesse de acordo com a Bíblia. Para ele, a presença corporal de Cristo na Ceia era inútil. O corpo de Cristo encontra-se no céu ao lado do Pai e não pode se fazer presente na terra durante a Ceia. O corpo natural de Cristo não pode ser “mastigado”. Só podemos enxergá-lo com os olhos da fé. Mas Cristo não está ausente na Ceia. A Ceia é mais do que um ato humano. Ela é o sinal da graça de Deus. Se Deus não está presente, a graça e a resposta de fé não acontecem. Zwinglio  acreditava que a Ceia do Senhor é um ato de comemoração e representação simbólica da paixão e morte de Jesus, uma lembrança do sacrifício suficiente de Cristo. A Igreja, ao comungar, transforma-se no Corpo de Cristo.  Zwinglio aumentou a freqüência da celebração da Eucaristia de uma para quatro vezes ao ano. Assim o povo participava mais vezes da Ceia e a Mesa era “protegida” daqueles que não observassem uma vida cristã impoluta. Quando a Ceia não era celebrada, realizava-se o culto com o sermão. Zwinglio cria que a fé era a parte mais importante dos sacramentos, a Ceia do Senhor era uma "comemoração" e não uma "repetição" da Expiação, pelo que o crente pela reflexão sobre a morte de Cristo recebe bênção espiritual.

Consubstanciação – Significa a união de dois ou mais corpos na mesma substância. É a presença de Cristo na Ceia, não literalmente como corpo e sangue no lugar do pão e do vinho, mas como presença que está na celebração. Martinho Lutero acreditava que a presença de Cristo na Ceia vai além de uma presença simbólica. Entendia que, o corpo de Cristo pode se fazer presente na Ceia, da mesma forma como a sua natureza divina se fazia presente no homem Jesus. Para Lutero, na Ceia, ao mesmo tempo em que estão presentes o pão e o vinho, também estão presentes o corpo e o sangue de Jesus, ou seja, o corpo e o sangue de Cristo estão presentes “em”, “com”, “debaixo”, “ao redor” e “por trás” do pão e do vinho. Esta doutrina ficou conhecida como “consubstanciação” e acabou se tornando o ponto de conflito entre o reformador alemão e os reformadores suíços.

Transubstanciação – Significa a mudança de uma substância noutra. É a transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo literalmente na Eucaristia. [A Transubstanciação é comum na Igreja Católica] Imaginava-se que, a partir dessa consagração, as substâncias do pão e do vinho eram transformadas, respectivamente, nas substâncias do corpo e do sangue de Cristo. O povo, ao receber a hóstia consagrada, recebia verdadeiramente a carne de Cristo e o sacerdote, ao beber do cálice, bebia verdadeiramente o sangue de Cristo. Essa doutrina foi chamada de “transubstanciação”.

Presença Real [ou Presença Espiritual] – O pão e o vinho permanecem os mesmos, mas o Espírito Santo faz com que o crente, pela fé, goze a presença de Cristo de um modo que é glorioso e real, ainda que indescritível. João Calvino afirmava que Cristo está verdadeiramente presente na Ceia do Senhor. Esta presença não é física, como na transubstanciação e na consubstanciação, mas nem por isso deixa de ser real e válida. Calvino negava a presença física de Cristo, aceitando apenas a presença espiritual de Cristo pela fé nos corações dos participantes. Afirmava que Cristo estava presente no Sacramento da Ceia mediante a ação do Espírito Santo, e assim, de fato, o Sacramento poderia ser chamado de Meio de Graça onde os eleitos recebem o que a eles é destinado no sacramento, enquanto que os falsos crentes recebem juízo de Deus; logo, a concepção calvinista  sobre a Ceia é que Cristo está real, porém, espiritualmente nos elementos. Por isso Calvino insistia para que a Ceia fosse celebrada em todo o culto, pois somos fracos e precisamos ser nutridos por Deus. Para Calvino, não existe Ceia fora da Igreja e não existe Igreja sem a Ceia do Senhor. A Ceia é para a comunidade dos batizados e deve ser sempre celebrada no contexto do culto.
·         
      De sorte que as Celebrações estão divididas assim: os Católicos Romanos com a Transubstanciação; os Luteranos com a Consubstanciação; os Zwínglianos com a concepção Memorial e os Calvinistas com a noção da Presença Real de Cristo nos sacramentos de forma Espiritual.

DIFERENÇAS ENTRE:
A CEIA (EVANGÉLICOS) E A EUCARISTIA (CATÓLICOS):

CEIA – é um termo utilizado pelos protestantes se referindo à celebração que foi feita por Cristo pouco antes de Sua morte, e também à celebração que é feita atualmente pelos evangélicos em memória do que Cristo fez ao partir o pão e tomar o cálice, para celebrar a Sua ressurreição, como Salvador de muitos. [Memorial Simbólico; por exemplo]

EUCARISTIA – é o Sacramento, que segundo a doutrina católica, contém realmente o corpo e o sangue de Cristo. Também como celebração da ressurreição de Cristo como Salvador. [Transubstanciação]

A CEIA DO SENHOR
POSIÇÃO
ENTENDIMENTO

Transubstanciação [Católica]
Consubstanciação [Lutero]
Memorial Simbólico [Zwinglio]
Presença Real [Calvino]
Os elementos são transformados no corpo e no sangue;
O corpo, o sangue, o pão e o vinho estão presentes;
O corpo está espiritualmente presente;
Participação real do corpo e do sangue, ainda que espiritual.



ARTIGO: A Ceia do Senhor
Pr. Felipe Miranda
Data: 15/09/2012
EBB – Escola Bíblica Betânia


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