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sábado, 1 de setembro de 2012

A Letra Mata... Mas a Palavra de Deus Vivifica!



A LETRA MATA... MAS
A PALAVRA DE DEUS
VIVIFICA!

“...as palavras que eu vos disse são espírito e vida...
João 6.63
Pr. Felipe Miranda 

A LETRA MATA... (2 Coríntios 3:6)

O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata [Lei] e o espírito vivifica [Graça]. 2 Coríntios 3:6 [grifo nosso]

Ø  Há muita confusão em relação a esse versículo em especial. E por causa disso, muitas pessoas perdem a oportunidade ter uma vida cristã fortalecida pela Palavra de Deus (Salmos 119.28). Ouvimos por diversas vezes pessoas argumentando que não devemos ler tanto as Escrituras ou até mesmo segui-la de maneira ativa porque “a letra mata”, mas “o espírito vivifica”. O problema está na associação errônea que se faz da letra como se isso fosse a Bíblia como um todo. E de forma equivocada, compreendem que a única maneira de ser cheio do Espírito seja através da oração, já que, no conceito de tais pessoas “a Bíblia [ou letra] mata”.  É claro que a leitura da Bíblia deve ser acompanhada da oração (Colossenses 4.2-4), pois não se interpreta as coisas espirituais apenas com o intelecto (Colossenses 2.8, 18), mas quem nos ensina é o próprio Autor das Escrituras, o Espírito Santo (1 Coríntios 2.13; Lucas 12.12; João 14.26).  Basta observarmos o verso seguinte, que ficará claro que a palavra “letra” não se refere à Bíblia Sagrada, mas apenas à LEI do Antigo Testamento, ou seja, a Lei de Moisés.

E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, Como não será de maior glória o ministério do Espírito? 2 Coríntios 3:7-8             * [“letras em pedra” – LEI de Moisés; “Ministério do Espírito” – Dispensação da Graça (Efésios 3.2)]



Ø  JESUS CRISTO fez questão de deixar bem evidente que a Palavra de Deus é o que vivifica o homem.

Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Mateus 4:4


Ø  O APÓSTOLO PAULO declara-nos a nítida relação que há entre o Espírito e a Palavra de Deus. (1 Coríntios 2.4)

Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Efésios 6:17

Ø  Também na Carta a Timóteo, o Apóstolo Paulo defende autoria e a autoridade divina das Escrituras Sagradas.

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. 2 Timóteo 3:16-17


Ø  O APÓSTOLO PEDRO confirma que as Sagradas Escrituras foram inspiradas pelo Espírito Santo, portanto são palavras de vida.

Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. 2 Pedro 1:21

Ø  Por fim, Jesus Cristo afirma que suas palavras são espírito e vida.

O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida. João 6:63


Jesus Cristo sempre ensinava usando as ESCRITURAS (Mateus 21.42; Lucas 24.27, 32; João 7.15)

E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. Lucas 24:27

E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo aprendido? João 7:15

Ø  Portanto cremos na inspiração verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Timóteo 3.14-17).

* OBSERVAÇÃO: [Toda vez que, nesse estudo, eu disser ANTIGO TESTAMENTO OU LEI, refiro-me exclusivamente à Lei de Moisés e NÃO ao Antigo Testamento como um todo!]

"Estão chegando os dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá".
"Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles", diz o Senhor.
"Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor: "Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.
Jeremias 31:31-33

E qual o principal propósito desta Nova Aliança?

Escrever as Leis de Deus nas mentes e nos corações - e não nas Tábuas de Pedra, pela ação do Espírito Santo, e este propósito conduziria o homem, pela Fé em Cristo, a ser justificado e salvo.

PORQUE HOJE NÃO SEGUIMOS MAIS O ANTIGO TESTAMENTO; A LEI DE MOISÉS?

v  A LEI para nós [os cristãos] representa MALDIÇÃO (Romanos 7.6; Romanos 6.15; 1 Coríntios 9.20-21; Gálatas 5.1-6)

Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las. E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé. Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas, por elas viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Gálatas 3:10-13

·         Apenas Cristo conseguiu cumprir toda a Lei, não fosse Ele, estaríamos todos mortos em nossos delitos e pecados (Efésio 2.1, 5, 15; Mateus 5.17-20; Gálatas 4.4; Deuteronômio 27.26)


PORQUE UM CRISTÃO NÃO DEVE SE SUBMETER À LEI DE MOISÉS COMO PRÁTICA DE FÉ NOS DIAS DE HOJE?

Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos. Tiago 2:10

·      A Lei foi dada a Israel [Lei de Moisés - AT] – (Êxodo 20.1; Salmos 147.19-20; Levíticos 26.46; Romanos 9.4; Deuteronômio 4.8)

·         Há salvação para os crentes de todas as eras AT [Judeus] e NT [Cristãos] - Romanos 3.29-30

·         Romanos 11.13-36 – Os dois povos agora são um em Cristo:
ü  1. A oliveira cultivada é o Israel natural.
ü  2. Os ramos naturais que foram cortados são os judeus incrédulos.
ü  3. Os ramos bons que permanecem são os judeus crentes.
ü  4. Os ramos bravos que são enxertados na oliveira boa são os gentios crentes.

·         Efésios 2.11-22
Os crentes gentios estavam anteriormente:
ü  1. Separados de Cristo.
ü  2. Excluídos da comunidade de Israel.
ü  3. Estranhos aos pactos da promessa.
ü  4. Sem esperança.
ü  5. Sem Deus no mundo.
O que isso significa é que os crentes gentios estão agora:
ü  1. Em Cristo.
ü  2. Incluídos na comunidade de Israel.
ü  3. Herdeiros dos pactos da promessa.
ü  4. Com Esperança.
ü  5. Com Deus no mundo.

·         A Igreja é o Israel de Deus [Israel Espiritual] – Gálatas 6.15-16; 1 Pedro 2.9

·         Jesus Cristo é o Cabeça da Igreja – Efésios 5.23; 4.15; 1.22

·         O Fim da Lei é Cristo – Romanos 10.4; Gálatas 2.16; 1 Coríntios 9.19-23

·         A Lei e os Profetas duraram até João – Lucas 1616; Mateus 11.13

·         A Lei serviu como aio para nos conduzir a Cristo (Gálatas 3.24)

·         Apesar da rigidez da Lei, ela nada aperfeiçoou, pois não fazia remissão pelos nossos pecados (Hebreus 7.19; Hebreus 9.8-9, 13-15; Hebreus 10.1; Gálatas 3.11)

·         Não devemos nos colocar sob o julgo da Lei (Hebreus 10.9-10; Hebreus 9.15; Hebreus 8.8, 13; Jeremias 31.31; Hebreus 7.18; Colossenses 2.14; Gálatas 5.4; 2.16; Romanos 3.2, 5, 27-28; ) - Portanto, as igrejas evangélicas que estão adotando práticas judaicas (tais como: usos e costumes, festas judaicas, símbolos judaicos, etc) e que só pregam o A.T., como se nós fôssemos judeus, estão totalmente equivocadas e seguindo uma herética teologia católico-romana!

·         Deus elegeu uma nação (Israel), em detrimento das demais, em sua época - (Gênesis 12:1-3; 15:5; 17:7-8, 25:19; Deuteronômio 7:6-26; Jeremias 7:23; 13:11; Malaquias 1:3; Mateus 24:22; Atos 13:17; Romanos 9:3-5, 10, 11:7; etc.).

·         E, também, elegeu pessoas, antes da fundação do mundo Mateus 21.43 - (João 6:37; Atos 13:48; Romanos 8:33; Efésios 1:4; Colossenses 3:12; Tito 1:1; 1 Pedro 1:2; Apocalipse 17:14), para serem salvas (igreja) pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo. Amemos o povo de Israel e oremos pela conversão deles, reconhecendo que são um povo especial para Deus; até porque - “... a salvação vem dos judeus”! (João 4:22)

·         Vivemos em Cristo uma Nova Aliança, um Novo Testamento, um Novo Concerto (João 1.17; Romanos 10.4; Efésios 2.15; Romanos 8.2, 3; Lucas 16.16; Mateus 11.13; 2 Coríntios 3.14; Lucas 22.20; 1 Coríntios 11.25; Hebreus 9.15; Atos 17.19; Hebreus 8.6; Romanos 7.4, 6; Romanos 6.14; Gálatas 2.21; Colossenses 2.14; Gálatas 5.18)

·         A Igreja deve guardar os ensinamentos de Cristo e dos Apóstolos [Lei de Cristo] - (Atos 2:42; Efésios 2:20; Romanos 8:2; Tiago 2:12; Mateus 7:12; Gálatas 6:2).

·         A doutrina que nos guia, como igreja [gentio] que somos, são principalmente as Cartas Paulinas (de Romanos a Filemom), pois o apóstolo Paulo é “o apóstolo dos gentios” (Atos 9:15; 13:46-48;18:6; 21:19; 22:21; 28:25-29; Romanos 11:13; Efésios 3:1, 8; Gálatas 1:15-16; 2:9; 1 Timóteo 2:7; 2 Timóteo 1:11;4:17).

·         Vivemos sob uma “Nova Aliança”, um “Novo Testamento” - (Mateus 9:17, 26:28; Marcos 14:24; Lucas 22:20; 1 Coríntios 11:25; 2 Coríntios 3:6, 14; Gálatas 4:24-31; Hebreus 7:22, 8:6, 13, 9:15-16, 12:24), testamento esse que se iniciou, obviamente, após a morte do “Testador”, Jesus Cristo (Hebreus 9:15-16), “Porque onde há testamento, é necessário que intervenha a morte do testador” (Hebreus 9:16).

·         A “Antiga Aliança” se tornou antiquada - (Hebreus 8:7, 13) e, com a mudança do sacerdócio, a Lei também mudou (Hebreus 7:12). Vivo nesta época da “dispensação da graça” (Efésios 3:2, 9; Colossenses 1:25), que se iniciou em Atos 28:28, com a recusa do evangelho, por parte dos judeus e perdurará até o arrebatamento da igreja (quando o “evangelho do reino” será restaurado - Mateus 24:14).



“Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê.” Romanos 10:4


“Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.” João 1:17

Seguimos os Dez Mandamentos?

Sim e Não!

SIM: A Lei Moral, transmitida pelos Dez Mandamentos, continua vigente, desde que esteja claramente repetida no Novo Testamento, porque está baseada no caráter de Deus. [* A única desse grupo de leis que não se repete é sobre guardar o sábado.]

NÃO: Ou seja, ela vale, não por estar nos 10 Mandamentos dados a Moisés, mas por estar na Nova Aliança, dada aos Apóstolos! (E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. Atos 2:42)

Havia uma divisão entre Judeus [que guardavam a Lei] e Gentios [que não tinham a Lei], mas Jesus Cristo, em sua morte de cruz desfez essa barreira, fazendo dos dois povos UM SÓ POVO!

Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios¹ por nascimento e chamados incircuncisão² pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas³, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade. Ele veio e anunciou paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto, pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito. Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito. Efésios 2:11-22
* OBSERVAÇÃO: Os escritos que contém alguns pequenos números sobrepostos [¹ ² ³ ], nesse trecho de Efésios 2:11-22, não fazem parte do texto bíblico, pois são apenas explicações para facilitar o entendimento. Abaixo se segue as explicações:

¹ - anteriormente vocês eram gentios [não somos mais!]
² - chamados incircuncisão [fora a Velha Aliança] pelos que se chamam circuncisão [participantes da Velha Aliança]
³ - feita no corpo por mãos humanas  [A Circuncisão é uma operação cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio, prega cutânea que recobre a glande do pênis. No Antigo Israel, a circuncisão tinha de ser realizada no 8.º dia do nascimento. Tem o sentido de um sinal da aliança entre Deus e Abraão e seus descendentes e de um rito de inserção no povo eleito.]

Note em Efésios 2:14-16 que o “muro”, o motivo de inimizade, a “barreira” entre os Judeus e os Gentios a qual foi destruída por Jesus Cristo era a “lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças”:

“Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade.”

A Letra x O Espírito
2 Coríntios – Capítulo 3:6-8

6 -O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata [Lei] e o espírito vivifica [Graça].

7 -E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória,

8 -Como não será de maior glória o ministério do Espírito?
2 Coríntios 3:6-8 [grifo nosso]

A Letra Mata
O Espírito Vivifica
“o ministério da morte, gravado com letras em pedras” (3:7)
“o ministério do Espírito” (3:8)
Moisés (3:7)
Apóstolos de Jesus (3:6)
“O ministério da condenação” (3:9)
“o ministério da justiça” (3:9)
Glorioso (3:9)
Muito mais glorioso (3:9)
“foi glorificado...já não resplandece” (3:10)
“atual sobreexcelente glória” (3:10)
“o que se desvanecia teve sua glória” (3:11)
“muito mais glória tem o que é permanente” (3:11)
O véu de Moisés escondeu o que se desvanecia (3:12-13)
Os apóstolos falaram com ousadia, sem esconder a esperança (3:12)
Os seguidores do AT ainda têm o véu (3:14-15)
O véu é removido em Cristo (3:14,16)
Há condenação na Lei (3:9; cf. Romanos 3:20; Gálatas 3:22)
Há liberdade no Espírito (3:17)
A letra do AT condena (3:7,9) – a letra mata!
Somos transformados no Espírito no NT (3:18) – o Espírito vivifica!


ARTIGO: A Letra Mata... Mas a Palavra de Deus vivifica!
Escrito Por: Pr. Felipe Miranda
Data: 28/08/2012
EBB – Escola Bíblica Betânia


O PROBLEMA - ENTRE O PASSADO E O FUTURO.

A Igreja de Cristo foi enviada a pregar o Evangelho e NÃO a Lei de Moisés!

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."Marcos 16:15

Lendo a epístola aos Hebreus, podemos delinear o problema que deu motivo à sua produção. Os hebreus, a quem a carta foi destinada, eram judeus que, tendo se convertido ao cristianismo, se sentiam tentados a recuar, retornando ao judaísmo. Estavam em uma situação de paralisação espiritual. Viviam em um dilema e, com isso, não cresciam espiritualmente (Hb.5.11-14). O autor escreveu para mostrar a esses irmãos que eles estavam livres da antiga aliança. Tal propósito era de grande envergadura. Se já era difícil provar aos gentios convertidos que eles não precisavam observar a lei, quão árdua seria a tarefa de demonstrar o mesmo princípio para judeus cristãos! Eles estavam presos ao passado, assim como acontece hoje com alguns cristãos que querem obedecer a lei de Moisés. As realidades da graça já eram presentes. Contudo, ainda se encontravam no futuro para aqueles que hesitavam em relação à apropriação das mesmas.

O PASSADO [a Lei de Moisés]
O PRESENTE / FUTURO [a Lei de Cristo]
Lei
Graça, evangelho
Valores da lei
Valores da graça
Templo (material)
Igreja (espiritual)
Personagens: Moisés, Aarão, profetas, anjos
Jesus e o Espírito Santo
Símbolos
Realidades
Sombras
Realidades
O visível
O invisível
Aparência
Essência
Material
Espiritual
Transitório
Permanente
Temporário
Eterno
Realidade física
Realidade espiritual
Cópia
Modelo original
Figura
Verdadeiro
Antiquado, envelhecido
Novo
Terreno
Celestial

Diversos elementos da Velha Aliança [AT] podem ser comparados à maquete de uma obra futura. Diante daquele modelo, todos ficam entusiasmados e esperançosos. É o que existe de mais semelhante ao resultado almejado. Depois que a obra é realizada, então o apego à maquete torna-se motivo de zombaria. A obra de Cristo está consumada. Não precisamos mais ficar apegados aos símbolos do passado que apontavam para Cristo. Seria como ficar extasiado diante de uma placa indicativa ao invés de se dirigir ao lugar que ela aponta. Paulo diz que a lei era o aio que nos conduziu a Cristo. O aio era o servo que levava a criança para a escola. Lá chegando, o interesse se voltava para o mestre. Se encontramos o Mestre Jesus, já não faz sentido o apego ao aio da lei.

A situação dos hebreus foi ilustrada através de uma etapa de sua própria história. O autor demonstra que, assim como seus antepassados estavam no deserto, hesitando diante de Canaã (Hb.4.1), os hebreus estavam hesitantes diante da graça de Deus e seus benefícios. O livro admoesta radicalmente a respeito dos riscos representados pelo retrocesso, pela apostasia (Hb.4.1; 6.1-6; 10.38-39). O desvio encontra-se relacionado à incredulidade, desobediência e rebelião (Hb.2.1-3; 3.12,16-19; 4.11). Em lugar do desvio, os hebreus são aconselhados a avançar com ousadia (Hb.10,19).

O aspecto cerimonial da velha aliança era algo grandioso. Como exemplo, podemos citar a grandeza do templo e os belos trajes sacerdotais. Diante de tudo isso, a igreja aparece como algo muito simples. Ela não precisa de um templo, embora possa utilizá-lo. Seus ministros não precisam de belas vestes para a direção do culto. A igreja do Senhor Jesus encontra-se onde estiverem dois ou três reunidos em nome do Senhor. É tudo tão simples que poderia parecer vazio aos olhos dos hebreus. Eles ainda estavam apegados ao templo judaico, mas precisavam se acostumar a viver sem ele, pois sua destruição estava bem próxima (Hb.8.13).



A Lei escrita em Pedras
(2 Coríntios 3:7)

Primeira vez: Disse o Senhor a Moisés: "Suba a mim, ao monte, e fique aqui; e lhe darei as tábuas de pedra com a lei e os mandamentos que escrevi para a instrução do povo".Êxodo 24:12

Segunda vez: Naquele mesmo tempo me disse o SENHOR: Alisa duas tábuas de pedra, como as primeiras, e sobe a mim ao monte, e faze-te uma arca de madeira; E naquelas tábuas escreverei as palavras que estavam nas primeiras tábuas, que quebraste, e as porás na arca. Deuteronômio 10:1-2

Terceira vez: Ali, na presença dos israelitas, Josué copiou nas pedras a Lei que Moisés havia escrito. Josué 8:32


A LEI DE DEUS É PERFEITA


Ø  A LEI de Deus é perfeita. Pois Deus é perfeito. Portanto, não podemos afirmar que a Lei era má em si mesma. Mas, a carne é má e assim, ninguém pôde cumpri-la, a não ser Jesus Cristo!

“pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.” Hebreus 4:15

"E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom." 
Romanos 7:12

"A lei do Senhor é perfeita, e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança, e tornam sábios os inexperientes."
Salmos 19:7

O apóstolo Paulo combateu e o próprio Jesus Cristo também o fez foi em primeiro lugar à atitude legalista, sem substância espiritual, que na verdade é uma maneira carnal de tentar obedecer aos mandamentos. O legalista está contaminado pelo orgulho e tem a atitude de menosprezar as outras pessoas, por se considerar mais santo do que os outros. O legalista na verdade não tem profundidade espiritual e sua fé está fundamentada apenas em conceitos mentais, na letra da lei e não no espírito da lei. Isto porque não tem uma experiência vívida com o Deus, e assim valoriza mais o rito do que o sentimento espiritual, a religiosidade mais do que a experiência com o Senhor, a tradição mais do que a Palavra de Deus. Esta atitude pode ocorrer com qualquer pessoa, mesmo alguém que não acredite na LEI, mas é legalista quanto à doutrina que professa, seja ela qual for.

O segundo aspecto a ser combatido são as tradições humanas que foram formuladas pelos rabinos, para cercar os mandamentos, ou seja, para ajudarem no cumprimento dos mandamentos, em razão de algumas não terem sido inspiradas pelo Deus, e acabaram trazendo um excesso de rituais e práticas religiosas. O problema com isto é que se perde o foco da LEI, que é substituída por várias práticas religiosas, que embora tenham a aparência de religiosidade, não causam uma transformação interior profunda, levando inevitavelmente a hipocrisia e a uma rigidez excessiva. JESUS certa vez disse algo, citando o texto que está no profeta Isaías capítulo 29, versículo 13: “Este povo se aproxima de Mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15:8). Mas, é bom ressaltar que existem também boas tradições, ensinadas pelos apóstolos, que estão em concordância com os princípios de Deus, como lemos no Novo Testamento: “Então, irmãos, estai firmes e retende as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por carta nossa” (2 Tessalonicenses 2:15).

Sabemos que As LEIS são 613 e não somente 10 como sempre é dito

A chamada Lei de Moisés não se resume nos 10 Mandamentos, também conhecido como (Decálogo), que estão em Êxodo 20, mas se entende a 613 Mandamentos ao todo! Continue lendo Êxodo 21 em diante para conferir.
As 613 Leis são para os Judeus, porém das 613 existem leis que não são possíveis de ser cumpridas atualmente.

Por exemplo:
1. Referentes ao Templo de Jerusalém;
2. Relacionados a Terra de Israel;
3. Punitivos;
4. Aos sacrifícios com derramamento de sangue, pois estes os cumprimos através do sacrifício único de Jesus Cristo.

·         Mesmo as correntes judaicas, que não confessam a Jesus, não os cumprem, inclusive pela inexistência do Templo.

·         Sendo assim, as Leis não foram abolidas para os Judeus e sim para os Cristãos.

Porém existem leis acessíveis aos Gentios-Cristãos e leis obrigatórias para os Gentios-Cristãos, que são as 7 descritas em Atos 15:19 a 21, elas são as Leis gerais. Estas são as que podem interferir sua Salvação.

1.    Creia em Deus. Não sirva a ídolos.
2.     Não blasfemar Seu Nome. Respeitar Deus e louvá-Lo.
3.     Não roubar. Respeitar os direitos e propriedades alheios.
4.     Não matar. Respeitar a vida humana.
5.     Não cometer adultério. Respeitar a família.
6.     Não ser Homicida. Não tirar sua própria vida.
7.     Não comer sangue. Não coma um membro de um animal vivo e não seja cruel com animais.

Não temos de guardar shabbat (sábado) e nem circuncidar porque somos Gentios-Cristãos (e não Judeus).

 "Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
Mas agora temos sido libertados da lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra." 
Romanos 7:4-6

"Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.
E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.
E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.
E assim a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom."
Romanos 7:7-12

"Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.
Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço.
E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa.
De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim."
Romanos 7:14-17

"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." 
Romanos 8:1-4

Ø  Veja que Israel havia sobre Israel a promessa de uma Nova Aliança, pois seus antepassados haviam quebrado a Antiga Aliança! O Senhor promete remover o coração de PEDRA e colocar em Israel um coração de carne. E essa Nova Aliança estaria escrita no coração, onde Deus colocaria o Seu Espírito.

"Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne.
Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis."  
Ezequiel 36:26-27


"Estão chegando os dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá".
"Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles", diz o Senhor.
"Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor: "Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. 
Jeremias 31:31-33

Estudo Bíblico:
A Letra Mata... Mas a Palavra de Deus Vivifica!

Escrito por:
Pr. Felipe Miranda

01 de Setembro de 2013

Fonte:
www.pastorfelipemiranda.blogspot.com

* Caso queiram mais informações sobre como alguns guardam o Sábado atualmente deixo o link de 6 estudos:

A LEI NA ANTIGA ALIANÇA
Gálatas 3.19-25

“Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, ATÉ que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita, e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. Mas, antes que a promessa viesse, estávamos guardados debaixo da lei e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que, pela fé, fôssemos justificados. Mas, depois que a fé veio, já não estamos debaixo de aio” (Gl 3.19-25)”.

“A palavra traduzida “lei” (gr. nomos; hb torah) significa “ensino” ou “instrução”. O termo lei pode referir-se aos Dez Mandamentos, ao Pentateuco ou as qualquer mandamento no Antigo Testamento. O uso por Paulo da palavra “lei” pode incluir o sistema sacrificial do concerto mosaico. A respeito dessa lei, Paulo, declara várias vezes:

(1) Ela foi dada por Deus “por causa das transgressões”, isto é, a fim de demonstrar que o pecado é a violação da vontade de Deus, e despertar os homens a verem sua necessidade de misericórdia, graça e salvação de Deus em Cristo (Gl 3.24; cf. Rm 5.20; 8.2).

(2) Embora o mandamento fosse santo, bom e justo (Rm 7.12), era INADEQUADO, porque não conseguiu transmitir vida espiritual nem força moral (Gl 3.21; Rm 8.3; Hb 7.18,19).

(3) A lei funcionou como “aio” ou tutor do povo de Deus ATÉ que viesse a salvação em Cristo (Gl 3.22-26). Nessa função, a lei revelou a vontade de Deus para o comportamento do seu povo (Ex 19.4-6; 20.1-17; 21.1 – 24.8), proveu sacrifício de sangue para cobrir os pecados do seu povo (ver Lv 1.5; 16.33) e apontou para a morte expiatória de Cristo (Hb 9.14); 10.12-14).

(4) A lei foi dada para nos conduzir a Cristo a fim de sermos justificados pela fé (Gl 3.24). Mas agora que Cristo já veio, finda está a função da lei como supervisora (v.25). Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A salvação. AGORA, tem lugar de conformidade com as provisões no NOVO CONCERTO, a saber, a morte expiatória de Cristo, a sua ressurreição gloriosa e o privilégio subseqüente de pertencer a Cristo (vv. 27-29)”.

"MORTOS PARA A LEI"

“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus” (Rm 7.4).

Já não dependemos da Lei e dos sacrifícios do AT para sermos salvos e aceitos diante de Deus (cf. Gl 3.23-25; 4.4,5). Fomos alienados da antiga aliança da Lei e unidos a Cristo para a salvação. Devemos crer em Jesus (1 Jo 5.13), receber o seu Espírito e a sua graça e, assim, receber perdão, ser regenerados e capacitados para produzir fruto para Deus (Rm 6.22,23; 8.3,4; Ef 2.10; Gl 5.22,23; Cl 1.5,6)”.

“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir” (Mt 5.17).

O propósito de CRISTO é que as exigências espirituais da lei de DEUS se cumpram na vida dos seus seguidores (Rm 3.31; 8.4). O relacionamento entre o crente e a lei de DEUS envolve os seguintes aspectos:

(1) A lei que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e morais do AT (7.12; 22.36-40; Rm 3.31; Gl 5.14); bem como nos ensinamentos de CRISTO e dos apóstolos (28.20; 1 Co 7.19; Gl 6.2). Essas leis revelam a natureza e a vontade de DEUS para todos e continuam hoje em vigor. As leis do AT destinadas diretamente à nação de Israel, tais como as leis sacrificiais, cerimoniais, sociais ou cívicas, já não são obrigatórias (Hb 10.1-4; e.g., Lv 1.2,3; 24.10).

(2) O crente não deve considerar a lei como sistema de mandamentos legais através do qual se pode obter mérito para o perdão e a salvação (Gl 2.16,19). Pelo contrário, a lei deve ser vista como um código moral para aqueles que já estão num relacionamento salvífico com DEUS e que, por meio da sua obediência à lei, expressam a vida de CRISTO dentro de si mesmos (Rm 6.15-22).

(3) A fé em CRISTO é o ponto de partida para o cumprimento da lei. Mediante a fé nEle, DEUS torna-se nosso Pai (cf. Jo 1.12). Por isso, a obediência que prestamos como crentes não provém somente do nosso relacionamento com DEUS como legislador soberano, mas também do relacionamento de filhos para com o Pai (Gl 4.6).

(4) Mediante a fé em CRISTO, o crente, pela graça de DEUS (Rm 5.21) e pelo ESPÍRITO SANTO que nele habita (Gl 3.5,14; Rm 8.13), recebe o impulso interior e o poder para cumprir a lei de DEUS (Rm 16.25,26; Hb 10.16). Nós a cumprimos, ao andarmos segundo o ESPÍRITO (Rm 8.4-14). O ESPÍRITO nos ajuda a mortificar as ações pecaminosas do corpo e a cumprir a vontade de DEUS (Rm 8.13; ver Mt 7.21). Por isso, a conformidade externa com a lei de DEUS deve ser acompanhada pela transformação interior do nosso coração e espírito (cf. vv. 21-28).

(5) Os crentes, tendo sido libertos do poder do pecado, e sendo agora servos de DEUS (Rm 6.18-22), seguem o princípio da fé , pois estão debaixo da lei de CRISTO (1 Co 9.21). Ao fazermos assim, cumprimos a lei de CRISTO (Gl 6.2) e em nós mesmos somos fiéis à exigência da lei (ver Rm 7.4; 8.4; Gl 3.19; 5.16-25).

(6) JESUS ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celeste é uma condição permanente para a entrada no reino dos céus (ver 7.21).

O ANTIGO E O NOVO CONCERTO

“Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas” (Hb 8.6).

“Os capítulos 8-10 do livro de Hebreus descrevem numerosos aspectos do antigo concerto tais como o culto, as leis e o ritual dos sacrifícios no tabernáculo; descrevem os vários cômodos e móveis desse centro de adoração do AT. É duplo o propósito do autor: (1) contrastar o serviço do sumo sacerdote no santuário terrestre, segundo o antigo concerto, com o ministério de Cristo como sumo sacerdote no santuário celestial segundo o novo concerto; e (2) demonstrar como esses vários aspectos do antigo concerto prenunciam ou tipificam o ministério de Cristo que estabeleceu o novo concerto. O presente estudo sintetiza o relacionamento entre esses dois concertos”.

(1) Segundo o antigo concerto, a salvação e o relacionamento correto com Deus provinham de um relacionamento com Ele à base da fé expressa pela obediência à sua lei e ao sistema sacrificial desta. Os sacrifícios do AT tinham três propósitos principais. (a) Ensinar ao povo de Deus a gravidade do pecado. O pecado separava os pecadores de um Deus santo, e somente através do derramamento de sangue poderiam reconciliar-se com Deus e encontrar perdão (Êx 12.3-14. Lv 16; 17.11; Hb 9.22). (b) Prover um meio para Israel chegar-se a Deus mediante a fé, a obediência e o amor (cf. Hb 4.16; 7.25; 10.1). (c) Indicar de antemão ou prenunciar (8.5; 10.1) o sacrifício perfeito de Cristo pelos pecados da raça humana (cf. Jo 1.29); 1 Pe 1.18, 19. Ex 12.3-14; Lv 16; Gl 3.19).

(2) Jeremias profetizou que, num tempo futuro, Deus faria um novo concerto, um melhor concerto, com o seu povo (Jr 31.31-34; Hb 8.8-12). É melhor concerto do que o antigo (Rm 7) porque perdoa totalmente os pecados dos que se arrependem (Hb 8.8), transforma-os em filhos de Deus (Rm 8.15,16), dá-lhes novo coração e nova natureza para que possam, espontaneamente, amar e obedecer a Deus (Hb 8.10; cf. Ez 11.19,20), os conduz a um estreito relacionamento pessoal com Jesus Cristo e o Pai (Hb 8.11) e provê uma experiência maior em relação ao Espírito Santo (Jl 2.28; At 1.5,8; 2.16,17, 33, 38,39; Rm 8.124,15, 26). 

(3) Jesus é quem instituiu o novo concerto ou o novo testamento (ambas as idéias estão contidas na palavra grega diatheke – testamento), e seu ministério celestial é incomparavelmente superior ao dos sacerdotes terrenos do AT. O novo concerto é um acordo, promessa, última vontade e testamento, e uma declaração do propósito divino em outorgar graça e bênção àqueles que se chegam a Deus mediante a fé obediente. De modo específico, trata-se de um concerto de promessas para aqueles que, por fé, aceitam a Cristo como o Filho de Deus, recebem suas promessas e se dedicam pessoalmente a Ele e aos preceitos do novo concerto. 

(a) O ofício de Jesus Cristo como mediador do novo concerto (Hb 8.6; 9.15; 12.24) baseia-se na sua morte expiatória (Mt 26.28; Mc 14.24; Hb 9.14,15; 10.29; 12.24). As promessas e os preceitos desse novo concerto são expressos em todo o NT. Seu propósito é: (i) salvar da culpa e da condenação da lei todos que crêem em Jesus Cristo e dedicam sujas vidas às verdades e deveres do seu concerto (Hb 9.16,17; cf. Mc 14.24; 1 Co 11.25); e (ii) fazê-lo um povo que seja a possessão de Deus (Hb 8.10; cf. Ez 11.19,20; 1 Pe 2.9).

(b) O sacrifício de Jesus é melhor que os do antigo concerto por ser um sacrifício voluntário e obediente de uma pessoa justa (Jesus Cristo), e não um sacrifício involuntário de um animal. O sacrifício de Jesus e o seu cumprimento da vontade de Deus foram perfeitos, e, portanto, proveu um caminho para o pleno perdão, reconciliação com Deus e santificação (Hb 10.10,15-17).

(c) O novo concerto pode ser chamado de novo concerto do Espírito, porque é o Espírito Santo quem outorga a vida e o poder àqueles que aceitam o concerto de Deus (2 Co 3.1-6).

(4) Todos os que pertencem ao novo concerto por Jesus Cristo recebem as bênçãos e a salvação oriundas desse concerto mediante sua perseverança na fé e na obediência. Os infiéis são excluídos dessas bênçãos.

(5) Estabelecido o novo concerto em Cristo, o antigo concerto se tornou obsoleto (Hb 8.13). Não obstante, o novo concerto não invalida a totalidade das Escrituras do AT, mas apenas as do pacto mosaico, pelo qual a salvação era obtida mediante a obediência à Lei e ao seu sistema de sacrifícios. O AT não está abolido; boa parte da sua revelação aponta para Cristo, e por ser a inspirada Palavra de Deus, é útil para ensinar, repreender, corrigir e instruir na retidão”.

[Os comentários acima foram extraídos da Bíblia de Estudo Pentecostal]


Em razão do que vimos, não se pode dissociar Os Dez Mandamentos da Lei de Moisés.
As Dez Palavras fazem parte integrante da lei mosaica; inserem-se no Pentateuco como vontade expressa de Deus. Moisés escreveu sob inspiração divina, porque toda a Escritura é divinamente inspirada (2 Tm 3.16). Da mesma forma, todo o Novo Testamento foi escrito sob o poder do Espírito Santo. Porém, não mais vivemos sob a tutela da Velha Aliança [feita com o povo de Israel], pois “dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelheceu, perto está de acabar” (Hb 8.13). Se a primeira aliança fosse irrepreensível, “nunca se teria buscado lugar para a segunda” (Hb 8.7).

Como se vê, a Lei de Moisés, na qual se insere os Dez Mandamentos, faz parte do concerto que foi substituído pela Nova e Eterna Aliança em Cristo Jesus, com melhores promessas. O antigo pacto era um símbolo transitório: “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar” (Hb 8.13). A lei do antigo concerto funcionou “sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas” (Hb 10.1). 


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